Levantamento do BC sugere quedas nos preços e na Selic só para 2026
A consulta semanal do Banco Central (BC) aos agentes do mercado financeiro divulgada nesta segunda-feira (17) mantém os humores negativos para com as perspectivas de inflação para 2025, que foi elevada em 0,02 ponto, atingindo 5,60%. É a 18ª alta consecutiva esperada para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O boletim Focus também aponta para uma expectativa de encolhimento do produto interno bruto (PIB), que foi para 2,01 no ano. Houve queda de 0,03 desde há quatro apurações. Já o câmbio e a taxa básica de juros seguiriam estáveis, com dólar em R$ 6,00 e a Selic em 15%.
Os resultados indicam um descompasso. De um lado há um pessimismo puxado pela falta de um ajuste fiscal efetivo, de outro, os dados da economia se mostram promissores. Em janeiro, o IPCA ficou em 016%, o patamar mais baixo da séria história iniciada em 1994. O varejo cresceu 2,8%, no mês. Sobre 2024, apesar da inflação ter acumulado 4,83%, a indústria cresceu 3,1% e o varejo, 2,8%.
Para 2026, as perspectivas, ainda que distantes, são de inflação caindo para a meta, em 4,35%, PIB em 1,70% (a impressão futura sempre é cautelosa), dólar parado em R$ 6,00 e juros suavizados para 12,50%.
De acordo com a instituição, a mediana apresentada é o valor central que separa as projeções mais altas das mais baixas. Não é a média, mas o número que está equidistante entre os extremos.
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