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Governo vai bancar corte do preço do diesel; greve entra no 5º dia

O governo federal informou na noite de quinta-feira (25) ter chegado a um acordo com os representantes dos caminhoneiros para suspender a greve por 15 dias. Na negociação, ficou definido que a Petrobras vai manter por 15 dias o corte de 10% no valor do diesel nas refinarias e o governo assumiu o compromisso de bancar a redução por mais 15 dias – com custo estimado de R$ 350 milhões. As entidades conseguiram ainda que o governo garantisse, até o final deste ano, que os reajustes do diesel sejam feitos apenas a cada 30 dias nas refinarias, com as Petrobras sendo recompensada por possíveis perdas. “Vai ter um preço fixo ao longo do mês. Vai haver uma diferença entre esse preço e o preço médio que a Petrobras usaria. Vamos calcular quanto a empresa deixou de faturar e vamos pagar essa diferença”, explicou o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia. “Nos momentos em que o preço cai e fica abaixo do preço fixado para o diesel na refinaria, a Petrobras passa a ter um crédito que vai reduzir o custo do Tesouro”, completou Guardia. O ministro da Fazenda calcula em R$ 700 milhões por mês a compensação que terá de ser feita pelo Tesouro à Petrobras. A Fazenda prevê um crédito extraordinário – que ainda precisa ser aprovado pelo Congresso – de R$ 4,9 bilhões até o final do ano. A incidência da Cide sobre o diesel também será zerada. A isenção do PIS/Cofins terminou ficando de fora do acordo.

Por que é importante

Os representantes dos caminhoneiros confirmaram o acordo para uma trégua de 15 dias. Apesar disso, as paralisações prosseguem na manhã sexta-feira (25) com bloqueios de rodovias e problemas de desabastecimento de combustíveis e alimentos

Quem ganha

As entidades representantes dos caminhoneiros, que conseguiram muitos benefícios na reunião, como retirar o setor de transporte rodoviário de cargas da reoneração da folha de pagamentos. Além de garantir a isenção do pedágio para caminhões que circulam vazios (eixo suspenso)

Quem perde

O contribuinte, que ficará com a conta. Lembrando que o acordo não vale para o preço da gasolina. E também o presidente da Petrobras, Pedro Parente, que está sendo cobrado pelos investidores pela interferência política nas decisões da empresa

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