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Haddad anuncia novos diretores para o BC

Paulo Picchetti e Rodrigo Teixeira podem assumir depois de 31 de dezembro de 2023

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou nesta segunda-feira (30) os nomes dos novos diretores indicados pelo governo Lula ao Banco Central. Os escolhidos foram Paulo Picchetti e Rodrigo Teixeira.

Ambos têm os mandatos finalizados em 31 de dezembro de 2023, mas ainda precisam passar pelo crivo do Senado para assumirem os cargos. O governo tem interesse de nomeá-los antes do recesso do Congresso do fim de ano. Caso contrário, a primeira reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) de 2024 terá a composição atual.

Haddad disse que Picchetti “tem um conhecimento da área a toda prova” e Teixeira “vai poder junto ao BC fazer a mediação necessária com o governo federal neste momento”. “Os dois têm a confiança do presidente Lula”, acrescentou o ministro da Fazenda.

Paulo Picchetti é mestre em Economia pela USP e tem doutorado pela Universidade de Illinois, nos Estados. Atualmente, ele é professor da Escola de Economia de São Paulo, da FGV (Fundação Getúlio Vargas) e pesquisador do Ibre (Instituto Brasileiro de Economia).

Paulo Picchetti — Foto: Divulgação FGV/Piti Reali



Rodrigo Teixeira tem mestrado e doutorado pela USP e é servidor de carreira do BC há mais de 20 anos. Ele também foi vice-secretário e chefe de gabinete da Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão no governo de Haddad na Prefeitura de São Paulo. Hoje, Teixeira é Secretário Especial Adjunto de Análise Governamental na Casa Civil da Presidência da República.

Rodrigo Alves Teixeira — Foto: Reprodução/LinkedIn

Pichetti e Teixeira assumem, respectivamente, as diretorias de Assuntos Internacionais e Gestão de Riscos Corporativos e de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta. Os mandatos dos atuais diretores Fernanda Guardado (Assuntos Internacionais) e Mauricio Moura (Relacionamento) terminam em 31 de dezembro.

 Meta de déficit zero 

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também afirmou na coletiva que não há “nenhum descompromisso” do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com as metas para as contas públicas do país.

Na última sexta-feira (27), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou, durante café da manhã com jornalistas, que “dificilmente” o governo alcançará a meta de déficit zero em suas contas em 2024.

“Tudo que a gente puder fazer para cumprir a meta fiscal, a gente vai cumprir. O que eu posso te dizer é que ela não precisa ser zero. O país não precisa disso. Eu não vou estabelecer uma meta fiscal que me obrigue a começar o ano fazendo corte de bilhões nas obras que são prioritárias para este país. Eu acho que muitas vezes o mercado é ganancioso demais e fica cobrando uma meta que ele sabe que não vai ser cumprida”, disse Lula, na ocasião.

Segundo Haddad, as falas do presidente Lula refletem preocupação com a “erosão da base fiscal” do Estado brasileiro. 

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