Levantamento da Fhoresp aponta a geração de 70 mil postos de trabalho em 2023, o que representa 40% do total de vagas criadas no Brasil
Hotéis, bares e restaurantes do estado de São Paulo registraram crescimento bem acima de outros setores da economia na geração de empregos em 2023. Estes três principais ramos do turismo tiveram alta de 5,4% no volume de vagas em relação a 2022, com a criação de 70 mil postos de trabalho. O índice está acima dos 2,5% de outros segmentos e supera, inclusive, a indústria. É o que revela levantamento do Núcleo de Pesquisa e Estatística da Federação de Hotéis, Restaurantes e Bares do Estado de São Paulo (Fhoresp).
Coordenado pelo economista Luís Carlos Burbano, o estudo teve como base a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O levantamento apontou que hotéis, bares e restaurantes abriram 175 mil novos empregos no ano passado – destes, 40% foram criados em solo paulista. O ritmo de crescimento no principal estado da federação também foi superior se comparado a todo o país, que alcançou 3,3%.
Para o diretor-executivo da Fhoresp, Edson Pinto, os resultados comprovam o relevante papel social que o setor desempenha. “Essas posições de trabalho contemplam, em sua maioria, jovens sem nenhuma qualificação profissional e que são treinados em nossas escolas de formação, atuantes nesses segmentos, e nas próprias empresas, já que não temos, praticamente, nenhum apoio do governo federal e nem do Sistema S para capacitação”, destaca.
Apesar do desempenho na geração de empregos no turismo, o levantamento da Fhoresp aponta que a ocupação em hotéis, bares e restaurantes ainda ficou abaixo do registrado em 2019. “Na prática, este dado evidencia que os ramos do turismo, que compreende hotéis, bares e restaurantes, ainda enfrentam dificuldades geradas originalmente pela covid”, argumentou o diretor-executivo da Fhoresp.
Em 2019, a quantidade de pessoas empregadas também era 7% superior do número registrado em 2023 no estado de São Paulo, e, no Brasil, 4,3% maior. “Isto mostra que o Turismo não tem se recuperado totalmente das perdas geradas pela pandemia”.
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