Setores de alimentação e de turismo solicitam ao governo estadual linhas de crédito para suprir prejuízos que superam R$ 500 milhões
A Federação de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares do Estado de São Paulo (Fhoresp) reivindica ao governo do estado o adiamento do pagamento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). A medida ajudaria a atenuar os impactos financeiros gerados pelo apagão decorrente da tempestade que atingiu a Grande São Paulo no início deste mês. A entidade estima que quase 14 mil empresas dos setores de alimentação e de turismo tiveram prejuízos conjuntos de aproximadamente R$ 500 milhões.
A reivindicação foi entregue ao vice-governador Felício Ramuth (PSD). Na oportunidade, representantes da Fhoresp expuseram as motivações do pleito, que envolve pedidos para alívio de tributos federal, estadual e municipais.
O diretor-executivo da federação, Edson Pinto, explicou que a solicitação envolve, inicialmente, a prorrogação, em caráter de urgência, do pagamento do ICMS, que é estadual. A entidade almeja que o governo estadual ajude na mediação das tratativas junto à União e às prefeituras – estas, responsáveis pelo Imposto Sobre Serviços (ISS)
“A ampliação do prazo do pagamento de impostos é necessária para as empresas prejudicadas pelo apagão. Elas precisam deste auxílio. Além disso, uma ajuda financeira contribuirá, ainda mais, para a recuperação mais rápida de um setor que ainda sofre os reflexos da pandemia, destacou.
Além da prorrogação do pagamento dos impostos, a Fhoresp solicitou ao governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos) a abertura de linhas de crédito especiais para hotéis, bares e restaurantes. De acordo com avaliação de Edson Pinto, o benefício poderia ser viabilizado por meio do Desenvolve SP e do Banco do Povo.
O vice-governador Ramuth adiantou ter conhecimento dos problemas e se comprometeu a agendar reuniões com o Desenvolve SP e Banco do Povo para tratar das linhas de crédito.
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