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IGP-10, IPA, IPC, INCC: o que apontam os índices de março

Preços ao produtor contribuíram para a desaceleração no período, com destaque para as principais commodities

O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) registrou alta de 0,04% em março, abaixo do mês anterior, quando havia avançado 0,87%. Com esse resultado, o indicador acumula alta de 1,44% no ano e 8,59% nos últimos 12 meses. Em março de 2024, o IGP-10 havia caído 0,17% no mês e apresentava queda acumulada de 4,05% em 12 meses. Os resultados foram divulgados nesta terça-feira (18) pela Fundação Getúlio Vargas Instituto Brasileiro de Economia (FGV IBRE).

“Nos Preços ao Produtor, a incerteza global intensificada pela Guerra Comercial dos EUA levou à queda dos preços do minério de ferro em março, impactando a retração do IPA. No âmbito do INCC, quase todos os grupos desaceleraram, com exceção de Materiais e Equipamentos, que registrou alta de 0,52%, impulsionada pelo aumento nos preços de Materiais para Instalação. Já nos preços ao consumidor, o grupo Habitação exerceu influência significativa para a alta do índice, especialmente devido às variações na tarifa de eletricidade residencial e no aluguel residencial”, afirma Matheus Dias, economista do FGV IBRE.

Em março, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) caiu 0,26%, registrando um recuo expressivo, quando comparado a alta de 1,02% observada em fevereiro. Analisando os diferentes estágios de processamento, percebe-se que o grupo de Bens Finais acelerou para 1,12% em março, após registrar taxa de 0,10% em fevereiro. Seguindo esse comportamento, o índice correspondente a Bens Finais, que exclui os subgrupos de alimentos in natura e combustíveis para consumo, passou de 0,17% em fevereiro para 0,34% em março. A taxa do grupo Bens Intermediários arrefeceu para 0,14% em março, apresentando um recuo importante em relação ao mês anterior, quando registrou taxa de 1,17%. O índice de Bens Intermediários (excluindo o subgrupo de combustíveis e lubrificantes para a produção) subiu para 0,30% em março, porém em menor intensidade em relação ao mês anterior, quando registrou alta de 0,99%. O estágio das Matérias-Primas Brutas desacelerou para -1,36% em março, após alta de 1,49% em fevereiro.

Em março, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) registrou taxa de 1,03%, acelerando em relação ao mês anterior, quando o índice subiu 0,44%. Entre as oito classes de despesa que compõem o índice, cinco apresentaram avanços nas suas taxas de variação: Habitação (-0,44% para 2,77%), Alimentação (0,87% para 1,31%), Vestuário (-0,46% para 0,24%), Comunicação (0,08% para 0,40%) e Despesas Diversas (0,53% para 0,84%). Em contrapartida, os grupos Educação, Leitura e Recreação (0,29% para -1,98%), Transportes (1,14% para 1,03%) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,61% para 0,51%) exibiram recuo em suas taxas de variação.

Em março, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou alta de 0,43%, porém inferior à taxa de 0,55% observada em fevereiro. Analisando os três grupos constituintes do INCC, observam-se movimentações distintas nas suas respectivas taxas de variação na transição de fevereiro para março: o grupo Materiais e Equipamentos acelerou de 0,33% para 0,52%; o grupo Serviços desacelerou sua taxa de 0,90% para 0,18%; e o grupo Mão de Obra recuou de 0,79% para 0,36%.

(FGV)

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