Mais de 40 mil hectares devastados, 25 mortes confirmadas e 12.300 estruturas destruídas colocam cidade no centro de uma das tragédias naturais mais custosas da história dos Estados Unidos
Os incêndios florestais que atingem Los Angeles desde o início de 2025 já são classificados como um dos desastres naturais mais custosos da história dos Estados Unidos. As estimativas apontam que os prejuízos podem variar entre US$ 250 bilhões e US$ 275 bilhões (equivalentes a R$ 1,52 trilhão e R$ 1,67 trilhão), afetando diretamente governos, seguradoras e moradores da região.
Com mais de 40 mil hectares devastados, os incêndios deixaram 25 mortos, destruíram 12.300 estruturas e forçaram milhares de pessoas a abandonarem suas casas. Os custos incluem tanto os danos diretos, como remoção de escombros e construção de abrigos emergenciais, quanto os indiretos, como despesas médicas, queda no turismo e perda de empregos.
Regiões de alto valor imobiliário, como Pacific Palisades, elevam ainda mais o impacto financeiro. Nessa área, o valor médio de uma casa gira em torno de US$ 3,5 milhões (R$ 21,3 milhões), o que agrava o total de prejuízos.
Esforços de mitigação
O impacto financeiro será dividido entre autoridades locais, federais, seguradoras e a própria população. A Agência Federal de Gestão de Emergências (FEMA, na sigla em inglês) anunciou medidas de apoio, como a liberação de auxílios emergenciais de US$ 770 (R$ 4.675) para as famílias afetadas. Além disso, o presidente Joe Biden garantiu que os custos das operações de resposta emergencial serão cobertos integralmente pelo governo federal.
Apesar das medidas, muitos moradores enfrentam dificuldades para acessar seguros. Grandes empresas do setor, como State Farm e Farmers, têm se retirado de áreas consideradas de alto risco. Isso obriga os residentes a recorrerem ao programa estadual FAIR, que oferece cobertura mais limitada a um custo elevado.
Reconstrução e desigualdades
Especialistas apontam que a recuperação de Los Angeles pode refletir desigualdades vistas em tragédias anteriores, como o Furacão Katrina, em que comunidades de baixa renda tiveram mais dificuldade para acessar recursos e reerguer suas vidas.
A reconstrução, além de ser desafiadora, tende a ser ainda mais cara devido à alta demanda por mão de obra e materiais. A expectativa é que a cidade invista em práticas resilientes, como o uso de materiais retardantes de chamas e melhorias na infraestrutura de emergência, para evitar tragédias futuras.
Enquanto isso, Los Angeles segue em alerta, esperando que as condições climáticas ajudem a controlar as chamas e evitar que os prejuízos aumentem ainda mais.