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Índia amplia restrições às exportações de açúcar

Corte deve influenciar os preços de referência em Nova York e Londres

A Índia, o segundo maior produtor de açúcar do mundo, estendeu nesta quarta-feira (18) as restrições às exportações de açúcar para além de outubro de 2023. A medida é um esforço para reduzir os preços domésticos do açúcar antes das eleições estaduais.

O governo indiano explicou que a restrição é necessária para garantir o suprimento doméstico de açúcar e reduzir os preços para os consumidores.

As exportações da Índia estão sendo reguladas pelo país há dois anos. Durante este período, a Índia atribuiu cotas às usinas produtoras do adoçante. Na última temporada, que terminou em 30 de setembro, o país permitiu embarques de 6,2 milhões de toneladas de açúcar, depois de autorizar que as unidades vendessem um recorde de 11,1 milhões de toneladas em 2021/22.

Agora, com esse novo anúncio, as exportações de açúcar pelo país ficariam restritas à União Europeia e para os Estados Unidos sob alguns sistemas específicos, de acordo com a notificação feita pelo DGFT (veja o anúncio completo abaixo). No entanto, não dá para saber qual será o volume comprado por esses países daqui pra frente.

A restrição da Índia às exportações deve influenciar os preços de referência em Nova York e Londres, onde os mercados já estão sendo negociados em torno de máximas de vários anos, provocando temores de mais inflação nos preços dos alimentos em todo o mundo.

O país também impôs restrições às exportações de arroz branco não-basmati e cebolas. A previsão é de que a produção de açúcar na Índia caia 3,3% em 2023/24.

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