Congresso de articula para derrubar decisão de Lula
O veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) da desoneração da folha de pagamentos 17 setores da economia foi visto com apreensão pelo setor produtivo. Representantes da indústria alegam que a decisão pode afetar investimentos e, consequentemente, ameaça acabar com diversos empregos.
A decisão teve respaldo do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que defendeu a inconstitucionalidade do benefício e promete apresentar medidas alternativas para compensar o impacto da decisão. O Congresso já se articula para derrubar o veto do presidente. Um manifesto assinado por 23 entidades defende a derrubada do veto e afirma que, além de afetar milhares de empregos, a decisão pode provocar aumento de preços de diversos produtos e serviços, como alimentos e passagens de ônibus. A desoneração, instituída de forma temporária desde 2011, prevê a substituição da contribuição previdenciária patronal (CPP) de empresas do setor têxtil, calçados, construção civil, call center, comunicação, fabricação de veículos, tecnologia e transporte, de 20% sobre a folha de salários, por alíquotas de 1% a 4,5% sobre a receita bruta.
O diretor-superintendente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit), Fernando Valente Pimentel, disse que a decisão afeta a competitividade do setor, que enfrenta uma forte concorrência internacional. A presidente da Federação Nacional de Call Center, Instalação e Manutenção de Infraestrutura de Redes de Telecomunicações e de Informática (Feninfra), Vivien Mello Suruagy, acredita que 400 mil empregos estão ameaçados em até dois anos e o presidente da Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), José Velloso Dias Cardoso, estima em 40 mil empregos perdidos caso o veto não seja derrubado
O que MONEY REPORT publicou:
