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Indústria recua 1,4% em julho

Resultado é pior que o estimado pelo mercado, de queda de 0,8%

A produção industrial brasileira recuou 1,4% na passagem de junho para julho, resultado pior que o esperado pelo mercado financeiro, que estimava um recuo de 0,8% no período. Segundo os dados divulgados nesta quarta-feira (4) pelo IBGE, a perda de ritmo acontece após o avanço de 4,3% verificado no mês anterior.

“Grande parte do recuo registrado neste mês tem relação com o avanço expressivo visto no mês anterior, mas também se observa que importantes plantas industriais realizaram paralisações no seu processo produtivo. O resultado de julho caracteriza-se por ter poucas, porém, atividades industriais com relativa importância na estrutura industrial, que mostraram queda na produção acima da média da indústria”, explica André Macedo, gerente da Pesquisa Industrial Mensal.

A indústria foi um dos grandes destaques do PIB do 2º trimestre, com um avanço de 1,8%. Apesar do resultado de julho, a indústria cresceu 6,1% em relação ao mesmo período do ano passado. No ano, acumula alta de 3,2% e, em 12 meses, expansão de 2,2%.  “Quando comparamos o patamar da indústria em julho deste ano com dezembro de 2023, o setor industrial está 1,2% acima, mostrando a permanência de uma trajetória ascendente”, afirmou Macedo.

Resultado

De junho para julho, duas das quatro grandes categorias econômicas e somente sete dos 25 ramos industriais pesquisados tiveram queda na produção. As principais influências negativas vieram de produtos alimentícios (-3,8%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-3,9%), indústrias extrativas (-2,4%) e celulose, papel e produtos de papel (-3,2%).

 Responsável pelo maior impacto negativo no resultado deste mês, o setor de produtos alimentícios (-3,8%) eliminou o avanço de 2,6% registrado em junho. “Houve queda na produção de açúcar, impactada pelos efeitos da seca no Centro-Sul do país, de carnes de bovinos e de produtos derivados da soja. Esses itens foram os que mais contribuíram negativamente neste mês”, afirma André.Os segmentos de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-3,9%) e de indústrias extrativas (-2,4%) interromperam sequência de dois meses de crescimento na produção, período no qual acumularam ganhos de 6,4% e 5,7%, respectivamente. Assim como aconteceu com o setor de alimentos, o segmento de derivados do petróleo e biocombustíveis, com perda na produção de álcool, também foi afetado pelo processamento da cana-de-açúcar. No caso de indústrias extrativas, os dois principais produtos, minério de ferro e petróleo, mostraram resultados negativos.

No sentido oposto, entre as 18 atividades que apresentaram alta na produção, veículos automotores, reboques e carrocerias (12,0%) exerceu o principal impacto em julho de 2024, aumentando o ritmo de crescimento quando comparado ao desempenho obtido em junho (4,8%). “Os automóveis foram determinantes para esse resultado. As autopeças, em menor grau, também ajudaram o setor”, acrescenta André.

Também houve avanços expressivos nos ramos de produtos de metal (8,4%), produtos diversos (18,8%), produtos químicos (2,7%), artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (12,1%), máquinas e equipamentos (4,2%), impressão e reprodução de gravações (23,4%), produtos de borracha e de material plástico (3,5%), outros equipamentos de transporte (9,0%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (5,1%) e de confecção de artigos do vestuário e acessórios (5,5%).

Em relação às grandes categorias econômicas, ainda na comparação com junho, o setor de bens de consumo semi e não duráveis (-3,1%) apresentou a taxa negativa mais elevada, eliminando parte do crescimento verificado no mês anterior (4,5%). O segmento de bens intermediários (-0,3%) foi outro a mostrar queda na produção, depois de avançar 2,3% em junho.

No sentido inverso, os setores de bens de capital (2,5%) e de bens de consumo duráveis (9,1%) alcançaram resultados positivos em julho de 2024, e intensificaram as expansões vistas no mês anterior com, respectivamente, 0,8% e 5,9%.

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