Setor de alimentos deve ter a taxa anual mais elevada, com 12,5%
A inflação na Zona do Euro recuou mais do que o esperado em maio. O índice de preços ao consumidor ficou em 6,1% na comparação anual, caindo dos 7% registrados em abril. Os dados preliminares foram divulgados nesta quinta-feira (1º) pela agência de estatísticas da UE (União Europeia), a Eurostat.
Projeções de economistas feitas para o jornal The Wall Street Journal indicavam que a inflação na Zona do Euro seria de 6,4% em maio. A baixa no índice foi puxada pela desaceleração dos preços dos alimentos e da energia.
O setor de alimentação, álcool e tabaco deve ter a taxa anual mais elevada em maio (12,5% ante 13,5% em abril). É seguido de bens industriais não energéticos (5,8% em maio e 6,2% em abril), serviços (5,0% em maio e 5,2% em abril) e energia (queda de 1,7% em maio ante alta de 2,4% em abril).
A Zona do Euro é composta pela Alemanha, Áustria, Bélgica, Chipre, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Estônia, França, Finlândia, Grécia, Holanda, Irlanda, Itália, Letônia, Lituânia, Luxemburgo, Malta e Portugal.
“Hoje, a inflação está muito alta e deve permanecer assim por muito tempo”, disse a presidente do BCE (Banco Central Europeu), Christine Lagarde, nesta quinta-feira (1º). “É por isso que aumentamos as taxas no ritmo mais rápido de todos os tempos e deixamos claro que ainda temos terreno a percorrer para trazer as taxas de juros a níveis suficientemente restritivos.”
No começo de maio, o BCE aumentou a taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual, para 3,25%. Foi a 7ª alta consecutiva. Segundo o comunicado do banco, a decisão visa respeitar a meta anual de inflação do bloco de 2%.