A taxa de inflação nos 19 países que compõem a Zona do Euro atingiu uma alta recorde de 4,9% em novembro, em comparação com o mesmo mês do ano passado, anunciou nesta terça-feira (30) a agência de estatísticas Eurostat, em uma primeira estimativa. O resultado cria sérias preocupações sobre a política monetária adotada pelo Banco Central Europeu ao lidar com a desaceleração provocada pela pandemia, pois está acima do consenso de 4,5% e mais que os 4,1% registrados de outubro. O índice é o maior registrado nos 25 anos em que os dados são compilados.
Os preços mais altos da energia foram os que mais contribuíram à inflação. De acordo com a Eurostat, a energia está a caminho de seu maior aumento anual de preços em novembro, com 27,4%, ante 23,7% em outubro.
Os dados chegam em um momento em que os legisladores e formuladores de políticas pública aguardam por definições sobre a nova variante do covid-19, a ômicron, relatado pela primeira vez na semana passada no sul da África. As restrições de viagens e possibilidade de lockdowns adotadas na esteira da variante estão levantando preocupações sobre como as economias podem ser prejudicadas.
