Previsão da Oxford Economics é de que o índice cheio do CPI e o núcleo do indicador caiam abaixo de 2% em 2023
A taxa anual da inflação na Zona do Euro deve atingir o pico nos próximos dois a três meses, mas o embargo da União Europeia (UE) ao petróleo marítimo russo eleva as pressões inflacionárias, o que tende a manter a ascensão implacável do índice de preços ao consumidor na região.
“Essa combinação de fatores pode manter a inflação mais alta por mais tempo”, afirmou o economista-assistente da Oxford Economics Riccardo Marcelli Fabiani, em nota. Para ele, a inflação da Zona do Euro deve cair gradualmente no segundo semestre deste ano e desacelerar de forma mais acentuada em 2023, quando os preços da energia devem cair em relação aos níveis atuais.
A previsão da Oxford Economics é de que o índice cheio do CPI e o núcleo do indicador, que exclui itens voláteis como alimentos e energia, caiam abaixo de 2% no ano que vem.
Porém, a Moody’s Analytics pondera que a alta dos preços na Zona do Euro está disseminada em várias categorias, com destaque para a inflação para bens e serviços, que continua a subir além da meta do Banco Central Europeu (BCE). “Dadas as tendências subjacentes, o pico da inflação na zona do euro será atingido no fim do verão”, disse o economista sênior da Moody’s, Kamil Kovar, em nota, referindo-se à estação do ano que vai entre o fim de junho e o fim de setembro no hemisfério norte.
Para ele, os dados do CPI divulgados hoje elevam a expectativa de que o BCE aumentará as taxas de juros na reunião de julho, o que seria a primeira alta em mais de uma década.
