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Investimentos sustentáveis ganham seguro cambial de US$ 3,4 bi

Instrumento foi elaborado em parceria com BID e estará disponível para aportes de adaptação e mitigação ambiental

O Ministério da Fazenda anunciou nesta sexta-feira (1º) que em em 2024 entrará em operação uma plataforma para reduzir o risco cambial de investimentos alinhados aos princípios socioambientais. O potencial de cobertura do mecanismo será de até US$ 3,4 bilhões, valor que poderá crescer ao longo do tempo.

Antecipado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o instrumento foi desenvolvido em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e estará disponível para investimentos de adaptação e mitigação ambiental, como reflorestamento, transição energética, hidrogênio verde e agricultura de baixo carbono, informou a pasta em nota.

De acordo com o ministério, a plataforma oferecerá swaps (instrumentos que permitem troca de indexadores de rentabilidade para proteger o investidor), linhas de crédito para liquidez em moeda estrangeira em caso de desvalorização cambial e mecanismos de cobertura para perdas extremas no câmbio.

“Esse instrumento visa minimizar os impactos de movimentos inesperados na taxa de câmbio, desencadeados por eventos econômicos extremos, os quais poderiam ter influência negativa na decisão de investir em países como o Brasil”, disse o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

A medida faz parte do Plano de Transformação Ecológica do governo brasileiro, que tem entre seus pilares a mobilização de investimento estrangeiro direto, principalmente de longo prazo.

Segundo a Fazenda, o risco cambial é um dos entraves históricos em economias emergentes e em desenvolvimento na busca por recursos externos.

Em evento na COP 28, em Dubai, Haddad disse que estudos da iniciativa privada indicam que a transformação ecológica pode gerar até 10 milhões de novos empregos no Brasil, ressaltando que “para capturar essa oportunidade” o país precisa de investimentos adicionais de até 160 bilhões de dólares por ano na próxima década.

O ministro voltou a defender que o processo global de transformação ecológica passe necessariamente por uma ampliação do fluxo de recursos para países em desenvolvimento, o chamado Sul Global.

“A reformulação dos fluxos financeiros globais passa pela afirmação do Sul como centro da economia verde. Essa é uma mensagem central que vamos levar para essa COP e para o G20, que passamos a presidir a partir de hoje”, afirmou.



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