Com forte influência da gasolina, a prévia da inflação oficial no Brasil teve variação de 1,17% em novembro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (25). É a maior taxa para o mês desde 2002, quando o índice foi de 2,08% O dado integra o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15). Em outubro, o indicador havia registrado uma taxa ainda maior, de 1,20%. Com o resultado, o IPCA-15 acumula alta de 9,57% no ano e de 10,73% nos últimos 12 meses, acima dos 10,34% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores.
A inflação acumulada segue acima do dobro da meta para o ano. A meta do governo em 2021 foi fixada em 3,75%, e o intervalo de tolerância varia de 2,25% a 5,25%. Em 2020, a inflação foi de 4,52%. O resultado de novembro veio levemente acima das expectativas. A mediana de 36 projeções projetava uma alta de 1,12% em novembro.
A gasolina foi a principal influência para a alta do IPCA-15 em novembro. O preço do item subiu 6,62% e respondeu por 0,40 ponto percentual da taxa de 1,17%, quase um terço do índice. Também houve altas no mês nos preços do óleo diesel (8,23%), do etanol (7,08%) e do gás veicular (2,59%).