Esta é a maior alta para o mês desde 2003
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anunciou nesta sexta-feira (11) que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi de 0,56% em março, uma queda em relação a fevereiro, que teve uma taxa de 1,31%. No entanto, este foi o maior patamar registrado no mês em 22 anos.
No acumulado do ano, o IPCA acumula alta de 2,04% e, nos últimos doze meses, o índice ficou em 5,48%, acima da meta, de 4,5%. Todos os produtos e serviços pesquisados tiveram aumento, com destaque para Alimentação e bebidas (1,17%), com a alimentação no domicílio registrando 1,31%.
Contribuíram para esse resultado as altas do tomate (22,55%), do ovo de galinha (13,13%) e do café moído (8,14%). No lado das quedas destacam-se o óleo de soja (1,99%), o arroz (1,81%) e as carnes (1,60%).
Já em Despesas pessoais (0,70%), grupo com a segunda maior variação no mês, o resultado foi influenciado por cinema, teatro e concertos (7,76%), influenciado principalmente com o fim da semana do cinema que ofereceu um valor reduzido em diversos estabelecimentos.
No grupo Vestuário (0,59%), houve aumento nos calçados e acessórios (0,65%), na roupa feminina (0,55%), na roupa masculina (0,55%) e na roupa infantil (0,29%).
No grupo dos Transportes (0,46%), o resultado foi influenciado pelo aumento da passagem aérea (6,91%) e dos combustíveis (0,46%), que desaceleraram em relação ao mês de fevereiro (2,89%). A gasolina variou 0,51% ante os 2,78% do mês anterior, o óleo diesel 0,33% ante 4,35% e o etanol 0,16% ante 3,62%. Apenas o gás veicular acelerou de -0,52% em fevereiro para 0,23% em março.
Quanto aos índices regionais, a maior variação (0,76%) ocorreu em Curitiba e Porto Alegre por conta da alta da gasolina (1,84% e 2,43%, respectivamente). A menor variação ocorreu em Rio Branco (0,27%) em razão da queda nas passagens aéreas (16,01%) e, em Brasília (0,27%) com a redução de 24,18% no ônibus urbano.