Uma reportagem da Bloomberg desta quarta-feira (11) apontou que os caminhos dos investimentos verdes devem ser revistos após o mais recente relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) da Organização das Nações Unidas (ONU), publicado na segunda-feira (9).
O ponto de inflexão que tange ao uso do selo ESG são as preocupações sobre as expectativas de curto prazo do mercado financeiro em meio a um processo lento e cambiante no entendimento das mudanças climáticas e suas minimizações. Professor de mudança climática na University of Southern Denmark e um dos co-autores do relatório, Sebastian Mernild explicou que a mensagem aos investidores é que combater o aquecimento global requer tempo. “Estamos olhando para 2060, 2100”, afirmou. O fundo Schroders Global explicou que a adoção das metas atuais ainda não levou à redução das emissões como se esperava e o IPCC jogou luz sobre a questão.
O consenso científico deixa claro que a temperatura média global deve aumentar pelo menos 1,5°C acima dos níveis pré-industriais até 2040. Os investidores devem prestar ainda mais atenção sobre a efetividade de suas ações, assim como os governo precisam afinar suas políticas ambientais e incentivos fiscais.