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Juros do cartão “caem” para 437,3%

Apesar da queda mensal, taxa permanece em nível historicamente elevado

De acordo com o Banco Central (BC), os juros cobrados pelos bancos no rotativo do cartão de crédito diminuíram para 437,3% em junho, em comparação com os 455,1% de maio. No entanto, apesar da queda mensal, essa taxa permanece em níveis historicamente altos, sendo que há um ano estava em 370,4%, representando uma diferença de 66,9 pontos percentuais.

O rotativo do cartão de crédito é conhecido por ser o tipo de juro mais caro do mercado financeiro e é frequentemente utilizado por usuários que não conseguem pagar a fatura integral, optando pelo pagamento mínimo, o que acaba gerando juros sobre juros.

O ministro Fernando Haddad tem buscado alternativas em reuniões com banqueiros para reduzir os juros nessa modalidade de crédito.

Em média, a taxa de juros nas novas concessões de crédito foi de 31,7% ao ano, apresentando uma queda de 0,8 ponto percentual em relação ao mês anterior, porém, com um aumento de 3,4 pontos na comparação com o mesmo período do ano passado.

O spread bancário, que representa a diferença entre as taxas de juros que os bancos pagam ao captar recursos e as que cobram de seus clientes nas operações de crédito, atingiu 22 pontos percentuais, com uma diminuição de 0,2 ponto no mês, mas um aumento de 4,1 pontos em 12 meses.

No crédito livre, a taxa média de juros ficou em 44,6% ao ano em junho, registrando uma queda de 0,8 ponto no mês, porém, com um crescimento de 5,6 pontos em 12 meses.

Em relação aos segmentos de empresas e famílias, as taxas médias de juros apresentaram comportamentos similares. Houve reduções mensais de 0,7 ponto e 0,8 ponto, respectivamente, e aumentos de 0,5 ponto e 7,6 pontos em 12 meses, resultando em taxas de 23,1% e 59,1% ao ano, nessa ordem.

Essas reduções nas taxas foram influenciadas principalmente por efetivas diminuições nas taxas praticadas (efeito taxa), com menor contribuição das variações da carteira (efeito saldo), conforme mencionado em nota do Banco Central.

Quanto ao Indicador de Custo do Crédito (ICC), que mede o custo médio de todo o crédito no Sistema Financeiro Nacional (SFN), manteve-se estável em 22,5% ao ano no mês, mas teve um aumento de 2,1 pontos em 12 meses.


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