O Índice do Medo do Desemprego, divulgado nesta quinta-feira (7) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), ficou em 57,1 pontos em dezembro de 2020, acima da média história de 50,2 pontos. No trimestre, o indicador subiu 2,1 pontos na comparação com setembro do ano passado e está um ponto acima do registrado em dezembro de 2019. Foram entrevistadas duas mil pessoas, em 126 municípios, entre 5 de 8 de dezembro, pelo Ibope Inteligência. A pesquisa mostrou que homens e mulheres estão com percepções diferentes em relação ao desemprego. As trabalhadoras têm mais medo de perder o trabalho: indicador delas ficou em 64,2 pontos, enquanto o do gênero masculino é de 49,4 pontos.
O Índice de Satisfação com a Vida (ISV), também informado pela CNI, alcançou 70,2 pontos em dezembro de 2020, ficando acima da sua média histórica, de 69,6 pontos. Isso não ocorria desde 2014. Com o crescimento, o indicador mantém a tendência de recuperação iniciada no fim de 2016. “A melhora na satisfação com a vida da população brasileira pode estar relacionada tanto à percepção, no início de dezembro, de melhora da crise sanitária e econômica, como ao auxílio emergencial que proveu maior segurança econômica às famílias de baixa renda”, observou Renato da Fonseca, gerente-executivo de Economia da entidade. O avanço do indicador foi maior entre os entrevistados com renda familiar até dois salários mínimos, mas mesmo assim esse grupo apresenta o menor índice. A satisfação cresce na medida em que aumenta a renda familiar e o grau de instrução do entrevistado. Ela também é maior entre os mais jovens. O índice cai de 72,8 pontos, entre os com 16 anos a 24 anos de idade, para 68,9 pontos entre os com 55 anos ou mais.