Projeção para Selic no fim de 2024 passa de 9% para 9,25% ao ano, aponta Boletim Focus
O mercado reduziu de 4,65% para 4,63% a estimativa da inflação para 2023. É a terceira queda consecutiva na expectativa dos analistas de mercado. O patamar esperado se manteve dentro da meta do CMN (Conselho Monetário Nacional), de 3,25% com tolerância para chegar a até 4,75%.
A expectativa para o crescimento da economia caiu de 2,90% para 2,89%. As projeções dos analistas foram publicadas no Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (30) pelo BC (Banco Central).
O mercado manteve a Selic em 11,75%. Para 2024, a estimativa da taxa básica de juros aumentou de 9% para 9,25% ao ano. Atualmente, a taxa está em 12,75% depois de 2 cortes consecutivos do Copom (Comitê de Política Monetária).
Quanto ao câmbio, a estimativa dos especialistas para a cotação do dólar em 2023 foi mantida em R$ 5,00. Para 2024 e 2025, a previsão é de que a moeda norte-americana fique em R$ 5,05 e R$ 5,10, respectivamente.
No encontro de setembro, o Copom repetiu que antevê redução de 0,50 ponto porcentual da taxa Selic nas próximas reuniões e que seria o ritmo apropriado para “manter a política monetária contracionista necessária para o processo desinflacionário”. Na coletiva de imprensa do Relatório Trimestral de Inflação (RTI), o presidente do BC, Roberto Campos Neto, acrescentou que a “barra” para acelerar ou reduzir o passo de corte está ligeiramente mais alta, sobretudo com os novos riscos derivados do cenário externo.
Os membros do Copom afirmaram ainda que, dado o momento de grandes incertezas, não há ganhos em adiantar o tamanho do ciclo de cortes, mas reforçaram que será o necessário para garantir a convergência da inflação à meta.
No Boletim Focus, a projeção para a Selic no fim de 2025 também aumentou, de 8,50% para 8,75%. Um mês antes, era de 8,50%. Para 2026, a projeção continuou em 8,50%, mesma mediana de quatro semanas atrás.