Além das questões tarifárias, os discursos de dirigentes do Federal Reserve (Fed) e de outros bancos centrais terão grande relevância

Os mercados financeiros globais devem manter o foco nas tensões da guerra comercial e em possíveis novas tarifas ou tentativas de negociação com os Estados Unidos, especialmente com as ações do ex-presidente Donald Trump ainda influenciando o cenário. Entre os dias 7 e 11 de abril, o noticiário relacionado a essas questões continuará a ser o principal ponto de atenção dos investidores.

Além das questões tarifárias, os discursos de dirigentes do Federal Reserve (Fed) e de outros bancos centrais terão grande relevância, pois os participantes do mercado buscam pistas sobre os próximos passos da política monetária em meio a um cenário de elevada incerteza sobre a economia global.

Nos Estados Unidos, os dados sobre a inflação ao consumidor (CPI) e ao produtor (PPI) de março serão monitorados de perto. Porém, o destaque ficará para a leitura preliminar do índice de sentimento do consumidor da Universidade de Michigan, prevista para abril, que tem mostrado um declínio acentuado na confiança dos americanos e nas expectativas de inflação tanto de curto quanto de longo prazo. Também na quarta-feira, dia 9, o Fed divulgará a ata da reunião de março, que poderá oferecer indícios sobre como o banco central dos EUA está planejando reagir aos desafios econômicos.

No Brasil, a influência dos fatores globais provavelmente será mais pronunciada. Entre os principais indicadores a serem acompanhados está o IPCA de março, que será divulgado na sexta-feira, 11. Outros dados da economia brasileira também terão impacto nos mercados, como as vendas no comércio varejista (quarta-feira), o volume de serviços prestados (quinta-feira) e o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) de fevereiro, cuja leitura de janeiro surpreendeu ao mostrar um desempenho positivo, impulsionado por um bom resultado da agropecuária no início do ano.