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Mesmo com retomada, produção industrial tem pior resultado desde 2016

O IBGE divulgou nesta terça-feira (2) que a produção industrial cresceu pelo oitavo mês consecutivo ao avançar 0,9% na passagem de novembro para dezembro. Mesmo com a alta acumulada de 41,8% no período, que eliminou a perda de 27,1% entre março e abril, no início da pandemia do novo coronavírus, a indústria fechou 2020 com queda de 4,5%, intensificando o recuo de 1,1% de 2019. O resultado foi o pior para um ano desde 2016, quando houve queda de 6,4%.

Conforme o IBGE, a expansão de dezembro frente a novembro foi observada em 17 de 26 ramos pesquisados. Entre as atividades, a maior influência foi a de veículos automotores, reboques e carrocerias (6,5%). O segmento acumula expansão de 1.308,1% na produção nos últimos oito meses, eliminando a perda de 92,3% registrada no período março-abril. Entretanto, no acumulado de 2020 contra 2019, o setor também foi a maior influência negativa (-28,1%).

Outro impacto positivo na passagem de novembro para dezembro veio da metalurgia, com 19% de alta, sexta taxa consecutiva e acumulado de 58,6% no período julho-dezembro. No ano, apesar disso, a metalurgia acumulou queda de 7,2% frente 2019. Em dezembro, também se destacaram as indústrias extrativas, com alta de 3,7% ante novembro, interrompendo três meses de resultados negativos consecutivos. No acumulado de 2020, o setor apresentou queda de 3,4% contra 2019.

Outras contribuições positivas importantes na passagem de novembro para dezembro: máquinas e equipamentos (6,0%), de produtos têxteis (15,4%), de confecção de artigos do vestuário e acessórios (11,5%), de produtos de borracha e de material plástico (4,8%), de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (8,4%), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (4,7%) e de produtos de metal (2,9%). Entre nove atividades que apontaram recuo na produção, as principais foram produtos alimentícios (-4,4%), bebidas (-8,1%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-1,3%).

Mais resultados do acumulado de 2020: produtos alimentícios (4,2%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (4,4%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (-23,7%), couro, artigos para viagem e calçados (-18,8%), outros equipamentos de transporte (-29,1%), impressão e reprodução de gravações (-38,0%), manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (-16,0%), produtos diversos (-16,7%), máquinas e equipamentos (-4,2%), produtos têxteis (-6,6%), produtos de borracha e de material plástico (-2,5%) e produtos de minerais não-metálicos (-2,3%).

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