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Moody’s acende sinal de alerta
no governo

A tentativa do governo Michel Temer de flexibilizar a regra de ouro das contas públicas indica que uma situação fiscal cada vez mais difícil para o Brasil e uma eventual permissão do Congresso para o descumprimento da norma já seriam suficientes para pesar sobre o rating do país, informou a Moody’s. O governo vai, “provavelmente em 2019, senão antes”, descumprir a regra, a julgar por “discussões” públicas dos últimos meses, na avaliação da agência. Em 2019, há um descolamento de R$ 150 bilhões a R$ 200 bilhões em relação à regra de ouro das contas públicas e o governo não informou como vai endereçar este problema no Orçamento do ano que vem, que deve ser encaminhado ao Congresso Nacional em agosto.

Por que é importante

A norma, prevista na Constituição de 1988, impede o Executivo de vender dívida para financiar gastos correntes, como salários, aposentadorias e manutenção da máquina pública. Diante da reação negativa de economistas, o governo decidiu dar prioridade à negociação da reforma da Previdência no Congresso, e vai discutir "no momento que seja adequado" mudanças na regra de ouro, segundo o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles

Quem ganha

O alerta da agência pode fazer com que o governo federal seja mais assertivo na discussão com a base aliada para aprovação das reformas e do ajuste fiscal

Quem perde

O debate sobre mudanças na regra de ouro, "apesar de um cenário econômico mais benigno" com a aceleração do crescimento neste ano, indica que o país vai enfrentar deterioração fiscal persistente e elevadas necessidades de financiamento nos próximos anos, diz o comentário da Moody's

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