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“Não existe planeta B”, alerta Ban Ki-moon

Ex-secretário-geral da ONU destacou que a crise climática se agrava em todo o mundo e pode gerar fome

Ban Ki-moon, ex-secretário-geral da ONU, afirmou que a crise climática é uma ameaça existencial para a humanidade. Ele fez o alerta durante a Conferência Internacional Amazônia e Novas Economias, em Belém (PA).

O diplomata sul-coreano destacou que a falta o real entendimento por parte dos líderes econômicos e políticos sobre a extensão dos efeitos da crise climática, com o aumento das temperaturas, do nível do mar e dos incêndios florestais. Ele disse que a humanidade precisa agir com urgência para reduzir as emissões de carbono, já que o maior risco oferecido pelos extremos climáticos é a fome mediante a destruição de lavouras.

O ex-secretário-geral também ressaltou a importância da Amazônia para a luta contra a mudança climática. Ele disse que a floresta é um dos principais sumidouros de carbono do planeta e que sua preservação é essencial para o futuro do mundo.

Ao traçar um paralelo entre o atual quadro climático do planeta e as metas estabelecidas pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), o keynote speaker foi incisivo ao afirmar que, embora a humanidade tenha dado grandes saltos no campo do desenvolvimento, como a redução em 50% da taxa de mortalidade infantil e em 45% do óbito materno, ainda há muito trabalho a ser feito.

“Nosso planeta está em chamas. A crise climática está se agravando com o aumento das temperaturas, do nível do mar, incêndios florestais… Tudo isso destaca a interconexão que existe entre todos os seres. Ninguém vive numa ilha e esses eventos deixaram claro que precisamos de soluções colaborativas para enfrentar os problemas que agora enfrentamos. Tais soluções precisam estar centradas no aprimoramento da sustentabilidade, da saúde e da segurança para todas as pessoas em todos os lugares”, elencou o líder global.

Ban Ki-moon destacou também que a crise climática está em todas as partes do mundo e sua superação depende de mais ambição, ação e vontade política. “Se não agirmos agora, a sobrevivência da humanidade estará em grande perigo. No cerne dessa questão, não há outro caminho a não ser reduzir drasticamente as reduções de carbono no nosso planeta”, alertou.

O palestrante convocou todos os presentes a agirem para proteger a viabilidade de manutenção da vida e do nosso planeta. “Não temos um plano B porque também não temos um planeta B. Há milhões de estrelas, mas, até agora, os seres humanos não conseguiram descobrir outro planeta; este é o único onde temos oxigênio, água e tecnologia”, ponderou. “Temos que assegurar que nossa Terra deve ser mantida de forma sustentável e próspera”.

Durante sua palestra, Ki-moon ainda fez um balanço dos 10 anos em que permaneceu à frente das Nações Unidas, destacando as ações de combate à fome, à pobreza e, principalmente, de empoderamento e desenvolvimento de meninas e mulheres. “A luta pela igualdade de gênero foi a prioridade que me orientou. Por isso, criamos a ONU Mulheres”, citou.

No encerramento, o 8º secretário-geral da ONU encorajou os presentes a colaborarem para a construção de um planeta melhor, ainda que isso signifique atravessar mares, fronteiras, gerações. “Isso impulsionará a sustentabilidade e a ação coletiva em um mundo cada vez mais fragmentado”, concluiu.


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