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“O Brasil está em situação privilegiada”, diz Galípolo

Em talk show de MONEY REPORT, diretor de Política Monetária do BC se mostrou um otimista com as qualidades da economia brasileira, acreditando em novas quedas de juros ao longo do ano

Em um dia de boas notícias para a economia, nesta sexta-feira (1º) o diretor de Política Monetária do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, participou de um talk show de Money Report comandado pelo publisher Aluizio Falcão Filho. Na plateia, empresários, executivos e investidores que, enquanto ouviam as explicações do economista, receberam em seus dispositivos informes que o PIB brasileiro fechou com evolução de 2,9% em 2023, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Houve crescimento de 15,1% no agro e de 9,1% nas exportações. O resultado ficou acima das expectativas em 0,7 ponto percentual. Um PIB quase idêntico ao de 2022, com 3%.

Galípolo se mostrou otimista, porém com os pés no chão. Para ele, o principal desafio é equilibrar os juros, que devem continuar em queda – desde que o Fed, o BC dos Estados Unidos, faça o mesmo. Se este roteiro se mantiver, a economia brasileira poderá reduzir a Selic sem correr risco de perder investimentos, hidratando a atividade produtiva. Pudera. Houve retração de 3%nos investimentos, o consumo das famílias subiu 3,1% e a atividade industrialcresceu apenas 1,6%.

Mais do que falar só sobre números secos, o economista tratou de lembrar aos presentes que o cenário instável global pode beneficiar o Brasil, um grande produtor de alimentos, com matriz energética limpa, com pouca dependência relativa de petróleo importado e um vasto mercado consumidor que precisa ser consolidado. Era tudo que o público já sabia, porém ouvir do chefe da política monetária pareceu reconfortante.

Galípolo comentou que apesar dos desafios e das incertezas, da lenta recuperação pós-pandemia, o Brasil se encontra “em uma posição privilegiada”, quando comparado aos demais países, sejam tanto os do Brics (bloco que conta também com Rússia, Índia, China, África do Sul) quanto os países desenvolvidos. “Nesse cenário de realocação das cadeias produtivas e de tensões geopolíticas, com as características que o Brasil tem e com o ciclo de política monetária nosso e dos países avançados, o Brasil tem bastante chance”.

O diretor do BC ressaltou também que a opinião pública precisa ter uma melhor percepção sobre o Conselho de Política Monetária (Copom), que reúne integrantes do atual e do governo anterior. Para ele, apesar das diferenças ideológicas, as votações têm sido unânimes e cuidadosas com os juros, o que demonstraria maturidade do BC, que age como agência reguladora independente.

Galípolo é cotado para ser o próximo presidente do BC, após o final do mandado de Roberto Campos Neto, que assumiu em fevereiro de 2019 indicado por Jair Bolsonaro.

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