A recuperação econômica da zona do euro enfraqueceu este mês, apesar de uma recuperação na Alemanha, onde as fábricas se beneficiaram de uma flexibilização nos gargalos da cadeia de suprimentos, uma vez que novas restrições afetaram o setor de serviços dominante do bloco, mostrou uma pesquisa.
Com a variante do coronavírus ômicron varrendo a Europa, os governos têm incentivado os cidadãos a ficar em casa e evitar a socialização, enquanto os preços crescentes desencorajam os consumidores a gastar. O Flash Composite Purchasing Managers’ Index da HIS Markit, visto como um bom indicador da saúde econômica geral, caiu para 52,4 em janeiro, de 53,3 em dezembro, o menor desde fevereiro e abaixo dos 52,6 previstos em pesquisa da Reuters. Esse número manchete foi afetado pelo PMI de serviços, que caiu para uma baixa de nove meses, embora tenha permanecido em território de crescimento.
Com os clientes ficando em casa, o crescimento da demanda por serviços quase secou. O novo índice de negócios caiu para sua leitura mais baixa desde abril do ano passado, pouco antes de partes da economia reabrirem após um bloqueio mais rigoroso.
“O pequeno declínio no PMI composto instantâneo em janeiro mostra que a ômicron afetou o setor de serviços, embora a economia alemã tenha um desempenho surpreendentemente bom”, informou Bert Colijn, do ING. As empresas na Alemanha, a maior economia da Europa, expandiram no ritmo mais rápido em quatro meses, mostraram dados anteriores, à medida que as fábricas diminuíram os gargalos da cadeia de suprimentos.
Mas na França, o único outro país da zona do euro a divulgar números preliminares, o crescimento dos negócios caiu mais do que o previsto, com o impacto do COVID-19 e as pressões inflacionárias pesando sobre a atividade. Isso sugere que o bloco teria tropeçado ainda mais sem a força da Alemanha.
Na Grã-Bretanha, fora da zona do euro e da União Europeia, a atividade esfriou inesperadamente para um mínimo de 11 meses, mas as pressões de custo permaneceram altas, deixando o Banco da Inglaterra no caminho de aumentar as taxas de juros na próxima semana.
Mais longe, a atividade fabril no Japão cresceu no ritmo mais rápido em quatro anos, embora a atividade no setor privado como um todo tenha caído em contração pela primeira vez em quatro meses, com o setor de serviços sofrendo em meio a um aumento nos casos de coronavírus.