O laboratório AstraZeneca anunciou neste sábado (12) que os testes da vacina contra o coronavírus, desenvolvida em conjunto com a Universidade de Oxford, foram retomadas no Reino Unido. Os estudos estavam parados desde terça-feira (8), após uma voluntária ter apresentado reações adversas – um quadro de mielite transversa, um distúrbio neurológico grave. A volta dos ensaios ocorre após a Autoridade Reguladora da Saúde de Medicamentos (MHRA) ter concluído que a retomada era segura.
No Brasil, a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), que trabalha em conjunto com Oxford na realização de testes, também interrompeu os estudos, obedecendo os protocolos dos ensaios. A universidade informou durante a semana que não houve qualquer registro de reação adversa entre os cinco mil voluntários brasileiros. Para a retomada dos estudos por aqui é necessária a liberação da Anvisa.
No Brasil também são feitos testes com outras vacinas. A farmacêutica chinesa SinoVac fez uma parceria com o Instituto Butantan, do governo paulista, para a sua CoronaVac. O governo russo se aproxima do Brasil para oferecer a vacina Sputnik V, que foi muito criticada ao ser anunciada, diante da falta de dados estatísticos em seu desenvolvimento. Os russos querem oferecer 100 milhões de doses, que podem ser adquiridas por precaução. O governo brasileiro também deve comprar lotes das farmacêuticas chinesas CanSino e China Biotec, do consórcio entre Pfizer, J&J e Moderna, e da NovaVax, entre outras.