Em tom otimista, presidente do BC rebateu “mal entendidos” sobre suas perspectivas
Com o mundo passando por um cenário econômico inflacionário e, no Brasil, o setor de energia atingindo índices de crise, o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, acredita que a desaceleração da inflação tenha início entre abril e maio, como já repetiu.
Durante o painel “Cenário da Política Monetária Brasileira”, da CEO Conference, com moderação feita pelo CEO do BTG, Roberto Sallouti, Campos Neto afirmou que o BC calcula taxa de juros nominal neutra em 7%. Segundo ele, a inflação não foi gerada pela quebra na oferta, mas pelo deslocamento de demanda. “A gente tem no Brasil uma inflação bastante alta, mas esse processo vai desacelerar com mais força a partir de abril”, reconheceu.
Perspectivas
Para falar de futuro e desenvolvimento do país, o ministro da Infraestrutura Tarcísio de Freitas também participou do painel “O Protagonismo da Infraestrutura em 2022”. Provável candidato do presidente Bolsonaro ao governo de São Paulo, Freitas anunciou que a participação do modal ferroviário na matriz de transporte no Brasil vai dobrar de 20% para 40% nos próximos 15 anos. A medida se deve à abertura do mercado para a iniciativa privada, na qual atua.
O quadro contou com participação do CEO da Rumo S.A., João Alberto de Abreu, do CEO da CCR, Marco Cauduro, do presidente da Santos Brasil, Antônio Sepúlveda, além da moderação do sócio do BTG Pactual, Carlos Sequeira.
O que MONEY REPORT publicou
Campos Neto
- Inflação deve atingir pico em abril ou maio, diz Campos Neto
- Topo da inflação está próximo, diz Campos Neto
- Selic irá até onde for necessário, diz Campos Neto em evento do BTG Pactual
Tarcísio de Freitas
