Apontado como guru econômico do pré-candidato à presidência Sergio Moro, o economista Affonso Celso Pastore publicou hoje artigo no Estado de S. Paulo no qual alerta para a importância das decisões que serão tomadas pelo Banco Central daqui para frente. Ele escreveu: “Se, apesar das pressões em contrário, que já se iniciaram e tendem a crescer, o Banco Central trouxer a inflação para o centro da meta ainda em 2022, terá criado condições para que a economia brasileira volte a conviver com taxas baixas de juros. Mas, se, para evitar as críticas dirigidas ao risco de uma recessão, que é grande, optar por uma elevação mais suave da taxa básica de juros, impedirá que em 2023 os juros voltem a ser baixos e ajudem na retomada do crescimento. Cabe ao Banco Central decidir”.
Trocando em miúdos: se quisermos juros baixos e retomada econômica em 2023, o BC precisa elevar as taxas agora para reduzir a inflação em 2022. Caso opte por aumentar de forma suave a Selic, porém, estaremos correndo atrás da inflação e retardando a recuperação da economia.