Nova estratégia pretende tornar os preços mais competitivos. Mudança era cogitada pelo presidente Lula na campanha
A Petrobras anunciou nesta terça-feira (16) o fim da paridade internacional de preços do petróleo e de combustíveis derivados. A medida tinha sido adotada durante o governo Michel Temer (MDB) e, até então, as oscilações externas refletiam direta e automaticamente no mercado interno.
Desde a campanha eleitoral, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) prometia uma mudança nessa política da estatal. Em comunicado, a companhia informou que os reajustes continuarão sendo feitos sem periodicidade definida, evitando o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio.
De acordo com a Petrobras, a nova estratégia tem como meta tornar os preços mais competitivos e usará duas referências do mercado: o custo alternativo do cliente, como valor a ser priorizado na precificação, e o valor marginal para a Petrobras.
“O custo alternativo do cliente contempla as principais alternativas de suprimento, sejam fornecedores dos mesmos produtos ou de produtos substitutos. O valor marginal é baseado no custo de oportunidade dadas as diversas alternativas para a companhia dentre elas, produção, importação e exportação do referido produto e/ou dos petróleos utilizados no refino”, informou a estatal, em fato relevante.
A companhia reforçou que a mudança trará mais flexibilidade para a prática de preços competitivos, se valendo de suas melhores condições de produção e logística, e dispute mercado com atores que negociam combustíveis no país, como distribuidores e importadores.
FUP
O coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar, comemorou a nova política de preços. “Com a nova política, o Brasil terá gás de cozinha, gasolina e diesel mais baratos, pois os custos nacionais de produção, em reais, entrarão na composição dos preços”, afirmou.
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