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PIB cresce 0,9% no 2º trimestre

O IBGE aponta que a alta é explicada pelo bom desempenho da indústria (0,9%) e dos serviços (0,6%)

 O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil teve crescimento de 0,9% no segundo trimestre de 2023 sobre o trimestre anterior, resultado bem acima do esperado, mas ainda mostrando forte desaceleração em relação ao início do ano, de acordo com dados divulgados nesta sexta-feira (1º) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A estimativa do consenso Refinitiv era de um crescimento de 0,3% frente o primeiro trimestre e de 2,7% na comparação anual, com projeções de que o consumo da família fosse o destaque.

O resultado visto entre abril e junho mostrou enfraquecimento em relação ao avanço de 1,8% registrado no primeiro trimestre, em dado revisado pelo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de uma expansão de 1,9% informada antes.

Considerando o período dos últimos 4 trimestres, o PIB registrou um crescimento de 3,2% na comparação com o mesmo período do ano anterior.

Em valores correntes, a soma dos bens e serviços finais produzidos no Brasil totalizou R$ 2,65 trilhões entre os meses de abril a junho.



Indústria e serviço se destacam

O IBGE aponta que a alta do segundo trimestre é explicada pelo bom desempenho da indústria (0,9%) e dos serviços (0,6%). Como as atividades de serviços respondem por cerca de 70% da economia do país, o resultado do setor influencia ainda mais a expansão do PIB.

“O que puxou esse resultado dentro do setor de serviços foram os serviços financeiros, especialmente os seguros, como os de vida, de automóveis, de patrimônio e de risco financeiro. Também se destacaram dentro dos outros serviços aqueles voltados às empresas, como os jurídicos e os de contabilidade, por exemplo”, explicou a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis. O setor de serviços está há 12 trimestres sem variações negativas e também se encontra no ponto mais alto da sua série.

As atividades industriais ficaram no campo positivo pelo segundo trimestre seguido, após a variação de -0,2% nos últimos três meses do ano passado. A expansão do segundo trimestre é relacionada aos resultados positivos das indústrias extrativas (1,8%) da construção (0,7%), da atividade de eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (0,4%) e das indústrias de transformação (0,3%).

Nas indústrias extrativas, o destaque é a extração de petróleo e gás e a de minério de ferro, produtos relacionados à exportação. A variação do segundo trimestre é a quinta seguida positiva do setor extrativo. A indústria como um todo segue acima do patamar pré-pandemia, mas não conseguiu superar o ponto mais alto da sua série histórica, alcançado no terceiro trimestre de 2013.

A agropecuária foi o único dos três grandes setores da economia a recuar no trimestre (-0,9%). A retração vem após o avanço de 21,0% no primeiro trimestre e se deve, principalmente, à base de comparação elevada.

“Se olhamos o indicador interanual, vemos que a agropecuária é a atividade que mais cresce. O resultado é menor porque é comparado ao trimestre anterior, que teve um aumento expressivo. Isso aconteceu porque 60% da produção da soja é concentrada no primeiro trimestre”, analisa Rebeca. Com a diminuição do peso dessa cultura no segundo trimestre, aumenta a participação de outros produtos, como o café, que cresce menos que o principal produto agrícola do país.

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