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PIB recua 0,5% de setembro para outubro

Alta acumulada em 12 meses é de 3,4%, informa monitoramento da FGV. Confira os gráficos

O Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, recuou 0,5% em outubro deste ano, na comparação com o mês anterior. A queda veio depois de uma alta de 0,6% em setembro. O dado é do Monitor do PIB, calculado e divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) nesta segunda-feira (16).

De acordo com a pesquisa, apesar da queda de setembro para outubro deste ano, a economia brasileira cresceu 5,4% em relação a outubro do ano passado. Além disso, a alta acumulada em 12 meses é 3,4%.

Na passagem de setembro para outubro, houve queda de 1,9% na agropecuária e crescimento de 0,2% na indústria. Os serviços mantiveram-se estáveis.

Sob a ótica da demanda, o consumo das famílias manteve-se estável, enquanto a formação bruta de capital fixo, isto é, os investimentos, caiu 3,7%. Por outro lado, tiveram altas o consumo do governo (1,6%) e as exportações (0,5%). As importações recuaram 1,8%.

“A princípio isso [a queda entre setembro e outubro] não deve gerar uma preocupação tão grande, porque a economia está muito aquecida, então [essa queda] é só uma compensação em relação a setembro. É óbvio que, persistindo e o mês de novembro também vier ruim, seria um alerta um pouco maior. Mas, a princípio, a economia segue aquecida apesar dessa retração”, afirmou a economista da FGV Juliana Trece.

Análise desagregada dos componentes da demanda

A análise gráfica desagregada dos componentes da demanda foi realizada na série trimestral interanual por apresentar menor volatilidade do que as taxas mensais e aquelas ajustadas sazonalmente, permitindo melhor compreensão da trajetória de seus componentes.

Consumo das famílias cresceu 6,0% no trimestre móvel findo em outubro

O consumo segue em expansão com taxas similares as observadas em meados de 2021, quando a economia estava em recuperação da forte queda sofrida em 2020 devido ao início da pandemia. Todos os segmentos têm colaborado ao longo de todo o ano para o forte crescimento deste componente

FBCF cresceu 10,7% no trimestre móvel findo em outubro

O expressivo crescimento da Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) é principalmente explicado pelo desempenho do segmento de máquinas e equipamentos, padrão observado desde meados do ano. Nota-se que tanto a aquisição de produtos de origem nacional ou importada tem colaborado positivamente para o desempenho deste componente. Contudo, destaca-se a forte expansão das máquinas e equipamentos importadas para esse desempenho. Os demais segmentos da FBCF, que são a construção e outros, também tem colaborado positivamente em praticamente todo o ano e ajudam a explicar o desempenho expressivamente positivo deste segmento.

Exportação cresceu 0,8% no trimestre móvel

Embora siga com clara tendência de desaceleração, as exportações ainda são positivas, mas chegaram a menor taxa de variação trimestral observada em 2024 até então. Os bens de consumo são o principal segmento a colaborar para manter a variação das exportações em terreno positivo, porém o desempenho negativo de produtos agropecuários e da extrativa atenua esse crescimento.

Importação cresceu 19,4%

Embora os bens intermediários sejam o principal segmento a contribuir para o desempenho expressivamente positivo das importações neste trimestre, destaca-se que todos os segmentos importados cresceram nos dois últimos trimestres móveis. A tendência da importação segue fortemente positiva e disseminada. Apesar disso, cabe destacar que a importação de bens de consumo e de serviços reduziram suas contribuições no último trimestre.

PIB-FGV em valores

Em termos monetários, estima-se que o PIB acumulado até outubro, em valores correntes, tenha sido de 9,689 trilhões de Reais.

Taxa de investimento

Observa-se que a taxa de investimento em outubro de 2024 foi de 17,7%, na série a valores correntes; acima da taxa de investimentos média desde 2015 e um pouco abaixo da taxa de investimentos média desde 2000.

(Com FGV e Agência Brasil)

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