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Planos econômicos inalterados mostram que alianças são formalidades

PT promete incorporar propostas de Tebet e Ciro, mas a menos de 20 dias das eleição, nada ocorreu. Bolsonaro nem se preocupou com o PSDB

Os presidenciáveis batalham seus apoios para o segundo turno, mas incluir as ideias dos novos aliados em seus programas não se mostra uma preocupação – até agora. O apoio de Simone Tebet (MDB) e da direção nacional do Partido Democrático Trabalhista (PDT) não sensibilizou a campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a mudar uma linha sequer. A campanha de Ciro indicou duas propostas que integram o carro-chefe do pedetista, enquanto Tebet foi mais abrangente, solicitando além de incorporações na economia, medidas de paridade e de incentivo social. Na prática, o PT deverá endossar os pedidos de ambos, mesmo que alguns estejam estagnados dentro do partido. Em caso de eleição, só há um obstáculo – e enorme. O quanto irão custar essas propostas e de onde irá sair essa dinheiro.

No caso de Bolsonaro, as adesões em nada alteraram a programação para um futuro governo – nem a adesão do PSDB paulista. Ou seja, para a cúpula da campanha do candidato que ficou em segundo lugar, agregar ideias de aliados não é importante.

De Ciro para o PT

  • Zerar dívidas do SPC;
  • Renda mínima;
  • Educação em tempo integral.

De Simone para o PT

  • Educação: ajudar municípios a zerar filas na educação infantil e implantar, em parceria com os estados, o ensino médio técnico, com período integral e conectividade.
  • Prêmio: poupança de R$ 5 mil ao jovem que concluir o ensino médio como incentivo;
  • Saúde: zerar as filas de cirurgias, consultas e exames não realizados no período da pandemi;
  • Resolver o problema do endividamento das famílias, em especial das que ganham até três salários mínimos mensais;
  • Igualar salários entre homens e mulheres que desempenhem, com currículo equivalente, as mesmas funções. Esse projeto foi aprovado no Senado e está parado na Câmara;
  • Um ministério plural, com homens, mulheres e negros.

Bolsonaro segue imutável

  •     Privatização das estatais;
  •     Mais liberdade econômica para promover o bem-estar social;
  •     Simplificação de impostos e correção da tabela do Imposto de Renda;
  •     Ingresso na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE);
  •     Manutenção do Auxílio Brasil.

Isca de Centrão

Guilherme Boulos (Psol), deputado federal eleito, descreveu a chapa Lula-Alckmin (PT-PDB) como um plano econômico não-liberal e programático. Segundo ele, o ex-governador paulista é uma isca ao Centrão. “Ele [Alckmin] foi posto como expressão de uma frente democrática antiBolsonaro. Em nenhum momento, as ideias liberais foram incorporadas [ao plano econômico de Lula]”, declarou. A convicção de um dos líderes de um provável governo petista em 2023 prova que a incorporação de uma ideia social-democrata de Alckmin, na prática, não se aplica, concretizando um estelionato eleitoral.

Para a assessoria do PT, essa discussão é “mero academicismo” e que o projeto petista, mesmo sem incorporações de propostas por parte de Tebet e Ciro, atende ao “que o Brasil precisa” – ou ao que a própria sigla almeja.

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