MONEY TALKS comenta a larga aprovação pelo Senado do economista Gabriel Galípolo à presidência do Banco Central (BC), com 66 votos favoráveis e 5 contra. A votação secreta foi a mais favorável nos últimos 22 anos. Ele substituirá uma gestão duramente criticada por Lula à frente do BC, em grande parte pelos movimentos na condução da taxa básica de juros (Selic). Jogo jogado, durante a sabatina Lula reclamava dos juros em outro lugar. Para evitar contaminações políticas futuras no BC, será missão de Galípolo – e até mais de Haddad – manter o caráter técnico do Comitê de Política Monetária (Copom), o que pode provocar azedumes futuros. Nossos debatedores também comentaram a decisão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, que deu aval às Propostas de Emenda à Constituição (PECs) que limitam o Supremo Tribunal Federal (STF) em decisões liminares monocráticas. A aplicabilidade é suspeita, uma vez que o próprio STF pode intervir sob alegação de se tratar de matéria regimental, ou seja, a modificação teria que partir da própria alta corte para o Legislativo. A resposta do Judiciário seria um “jabuti inverso”, anulando uma PEC inconstitucional. Para valer do jeito que os deputados querem, talvez só com uma nova Constituição. Participaram o publisher de MR, Aluizio Falcão Filho, o editor-chefe André Vargas, e o editor Rodrigo Dias.