Em almoço oferecido pelo Bank of America, o presidente do STF, ministro Dias Toffoli, disse nesta segunda-feira (13) que os três poderes precisam se unir para destravar o Brasil. “É preciso tirar texto da Constituição”, afirmou. “Hoje temos um Supremo que julga 127 mil causas por ano. Tudo passa pelo Judiciário e pelo Supremo — daí o protagonismo do STF”, explicou. Para Toffoli, o país precisa respeitar cada vez mais os contratos e ter textos jurídicos de mais simples interpretação.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), no mesmo almoço, disse que desde a Constituição de 1988, o orçamento brasileiro foi capturado por entidades públicas e privadas. “A burocracia no Brasil atende a muita gente. Leis de proteção ambiental, por exemplo, precisam de muita gente na estrutura. A lei das duplicatas, também, vai contra 3,6 mil cartórios que se ocupam apenas de protestar os cidadãos e empresas”, destacou.
Sobre a tramitação da reforma da Previdência, Maia garantiu que a proposta será aprovada, mas afirmou que é preciso uma discussão mais ampla sobre o cenário econômico. “Temos um ambiente de pré-sal nas redes sociais por conta de um cenário difícil na economia por cinco anos. O parlamento vai aprovar a reforma da Previdência? Mais do que aprovar — e vai aprovar — é preciso discutir a crise econômica de cinco anos. Essa dificuldade vai corroendo as instituições democráticas”, declarou.
Já o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), disse que a Previdência é a mãe de todas as reformas. “Os brasileiros não aguentam mais essas desigualdades. Se o país não consegue equilibrar suas contas, o que vai poder dizer às nações que querem investir no Brasil?”, questionou o senador.