Em relação a julho de 2023, o indicador mostrou alta de 5,3%
A economia brasileira registrou uma retração de 0,4% em julho, segundo o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), divulgado nesta sexta-feira (13) pelo Banco Central. Esse indicador é amplamente considerado um sinalizador antecipado do desempenho do Produto Interno Bruto (PIB).
Apesar do recuo, o resultado foi melhor do que as expectativas do mercado financeiro, que previa uma queda de 0,9%, de acordo com pesquisa da agência Reuters. Na comparação com julho do ano passado, o IBC-Br mostrou um crescimento de 5,3%, e no acumulado dos últimos 12 meses, houve um avanço de 2,0%.
No cenário geral de 2024, o PIB do Brasil teve um bom desempenho, iniciando o ano com crescimento no primeiro trimestre e superando expectativas no segundo trimestre, conforme dados do IBGE. Entre abril e junho, a economia cresceu 1,4%, mesmo com os impactos das fortes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul, prejudicando a produção agrícola e a logística.
Em julho, as vendas no varejo e o setor de serviços contribuíram positivamente para a economia. O comércio varejista cresceu 0,6% em relação ao mês anterior, enquanto o volume de serviços teve um avanço de 1,2%, superando as expectativas. Por outro lado, a produção industrial recuou 1,4%, uma queda mais acentuada do que o esperado.
Os resultados de julho serão analisados na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que ocorrerá na semana que vem. A decisão sobre a taxa básica de juros, atualmente em 10,50%, será influenciada por esses números.
Ainda nesta sexta-feira, o Ministério da Fazenda divulgará suas novas projeções para a economia. O ministro Fernando Haddad já havia antecipado que pode haver uma revisão positiva das expectativas para o crescimento do país. Na quarta-feira (11), Haddad afirmou que o PIB brasileiro deve crescer “pelo menos” 3% em 2024.
A pesquisa Focus do Banco Central estima que o PIB cresça 2,68% neste ano, com uma desaceleração prevista para 2025, quando a expansão deve ser de 1,90%.
O IBC-Br é construído com base em indicadores de volume da produção agropecuária, industrial e do setor de serviços, além de dados sobre impostos.