O IBGE divulgou nesta quinta-feira (1) que a produção industrial nacional recuou 0,7% em fevereiro na comparação com janeiro. A baixa interrompe uma sequência de nove altas mensais consecutivas, com expansão acumulada de 41,9%. O setor se encontra agora 13,6% abaixo do patamar recorde alcançado em maio de 2011 e 2,8% acima do nível pré-pandemia, em fevereiro de 2020. No ano, a indústria acumula avanço de 1,3% e, em 12 meses, retração de 4,2%.
“Nos últimos meses nós já vínhamos observando uma mudança de comportamento nos índices da indústria, que, embora ainda estivessem positivos, já apresentavam uma curva decrescente, demonstrando um arrefecimento”, comentou o gerente da pesquisa, André Macedo.
Entre as atividades, as influências negativas mais importantes vieram de veículos automotores, reboques e carrocerias (-7,2%) e indústrias extrativas (-4,7%). “O ramo de veículos vem sendo muito afetado pelo desabastecimento de insumos e matérias primas. Mesmo assim, a produção de caminhões vem tendo resultados positivos. Porém, a de automóveis e autopeças vem puxando o índice geral para o campo negativo”, destacou Macedo.
Também contraíram produtos têxteis (-9,0%), produtos de metal (-4,1%), couro, artigos para viagem e calçados (-5,9%), produtos diversos (-8,2%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-0,7%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (-3,5%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-3,4%) e de bebidas (-1,8%).
Por outro lado, entre as atividades em alta, outros produtos químicos (3,3%) e máquinas e equipamentos (2,8%) apontaram os principais desempenhos positivos em fevereiro. Avançaram ainda os ramos de metalurgia (1,4%) e de produtos alimentícios (0,5%).