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Remédios 11% mais caros a partir de hoje

Aumentos devem chegar ao consumidor em alguns dias. Sindusfarma reajustou de acordo com IPCA e variação de insumos

Mais de 13 mil medicamentos podem ficar mais caros a partir desta sexta-feira (1º) . Isso porque começa a valer neste dia 1º a autorização de reajuste dos remédios pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), órgão interministerial que define o preço máximo ao consumidor em cada estado.

De acordo com o Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma), o reajuste será de 10,89%. O índice é calculado através de uma fórmula que leva em conta a variação da inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), ganhos de produtividade das fabricantes de medicamentos e variação dos custos dos insumos e características de mercado.

Sindusfarma afirma que o reajuste dos preços entra em vigor a partir de hoje, de acordo com a lei que regulamenta a Câmara. Para valer, no entanto, o aumento ainda precisa ser chancelado pela CMED, e publicado no Diário Oficial da União. A previsão é que isso aconteça nesta sexta-feira.

Apesar do reajuste, o aumento ao consumidor não é imediato, por conta, principalmente, dos estoques de cada estabelecimento e da concorrência entre as farmácias. “Medicamentos com o mesmo princípio ativo e para a mesma classe terapêutica (doença) são oferecidos no país por vários fabricantes e em milhares de pontos de venda”, explica a entidade que representa a indústria do setor.

Aumento maior para consumidor

Uma pesquisa feita no ano passado, quando o reajuste dos medicamentos foi de 10,08%, pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), mostrou a diferença entre o teto de preços estabelecido pela CMED e os valores cobrados nas farmácias. A pesquisa analisou os preços de 11 medicamentos ofertados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e cinco classes de remédios vendidos em farmácias, tanto genéricos quanto de referência.

Nas farmácias, os valores dos produtos de referência ficaram entre -23,76% (caso da liraglutida, um antidiabético) e -52,08% (amoxilina, um antibiótico), na comparação com os preços máximos. Nos medicamentos genéricos e similares, a variação ficou entre -400,87% (omeoprazol, um antiulceroso) e -46,89% (candesartan, um anti-hipertensivo).

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