Ainda que a estatal Gazprom alege que a manutenção do gasoduto seja um problema pontual, atitude do Kremlin sugere retaliação
A eleição da nova primeira-ministra conservadora britânica, Liz Truss, que promete fazer jogo duro com a Rússia em defesa da Ucrânia, ganhou uma resposta logo cedo nesta segunda-feira (5). O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov (imagem), afirmou que o governo de Valdimir Putin só voltará a fornecer gás à Europa, em especial à Alemanha, se as democracias liberais e integrantes da aliança militar do Atlântico Norte (Otan) levantarem as sanções. O próprio Peskov é alvo de sanções diretas, pois teve seu passaporte diplomático cancelado por Estados Unidos, Canadá, Reino Unido e União Europeia.
É uma tentativa de jogada no tabuleiro político. Enquanto Truss quer aumentar as sanções para tentar limitar economicamente a Rússia, Peskov lança uma condicionante de negociação que pode colocar a Alemanha na berlinda. Para compensar a possibilidade de limitação no forncecimento de gás pelo Mar Báltico, a principal economia da Europa deu meia-volta em sua política energética, acionando novamente suas usinas nucleares.
Peskov coloca a Rússia e o Kremlin como vítimas, já que afirma que as sanções econômicas criaram limitações na manutenção do gasoduto Nord Stream, que foi fechado na semana passada para suposta manutenção de uma turbina. Ainda que a estatal petrolífera Gazpron afirme que o problema é pontual, o posicionamento do Kremlin sugere uma retaliação parcialmente bancada pela China, que passou a adquirir gás da Rússia por preços abaixo do mercado, poupando recursos em tempos de crise.
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