Energia elétrica e combustível pesam, fazendo IPCA encerram o ano em 10,05%, maior inflação anual desde 2015
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu elevar a Selic, de 9,25% para 10,75% ao ano – sendo a primeira vez em quatro anos e que a taxa ultrapassa 10%. O aumento de 1,5 ponto percentual era esperado por parte dos analistas do mercado financeiro para este início de ano. Esta foi a oitava elevação consecutiva da taxa. A decisão foi anunciada nesta quarta-feira (2). A previsão é que a Selic suba para 11,75% ao ano no mês de março, patamar no qual deve fechar o ano de 2022.
Inflação
Para 2022, a meta de inflação a ser perseguida pela autarquia, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é 3,5%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 2% e o superior, 5%.
No último Relatório de Inflação, divulgado no fim de dezembro pelo BC, foi estimado que neste ano, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), inflação fecharia o ano em 4,7% no cenário base, com Selic em 11,25% ao ano e câmbio em R$ 5,65. O próximo relatório será divulgado em março.
Puxado pelo aumento dos preços de energia elétrica e combustíveis, o IPCA encerrou 2020 em 10,06%, maior inflação anual desde 2015. A projeção do mercado é de inflação fechando o ano em 5,38%, de acordo com o boletim Focus.