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Stuhlberger critica lentidão dos bancos centrais

CEO da Verde Asset também analisou o impacto das eleições nos EUA e da economia chinesa

A política monetária global está sob escrutínio, com bancos centrais adotando uma postura conservadora e atrasando a redução das taxas de juros, destacou Luis Stuhlberger, CEO da Verde Asset Management. Ele participou da CEO Conference 2024, organizada pelo BTG Pactual, quando afirmou haver um receio entre os bancos centrais devido à “desmoralização” sofrida durante a pandemia por causa da demora em iniciar os ciclos de alta das taxas de juros.

Stuhlberger observou que esse conservadorismo é evidente, pois as entidades monetárias estão cautelosos após os erros cometidos na pandemia. Essa visão foi reforçada por Rogério Xavier, sócio-fundador da SPX Capital. “Os BCs estão conservadores, erraram barbaramente na ida e não querem errar na volta. Mas estão claramente fora da curva”, comentou.

Durante o evento, os gestores também discutiram o cenário global de inflação. Stuhlberger expressou otimismo a longo prazo, especialmente com a recuperação econômica dos Estados Unidos, enquanto Xavier apontou preocupações com o processo de desinflação de bens, destacando o impacto das exportações excessivas da China nos preços.

“Estão exportando um excedente para o mundo inteiro, isso derruba o preço dos bens. Para nós [Ocidente] é o paraíso, mas para a China está se endividando cada vez mais e sem retorno”, explicou.

Além disso, o painel abordou as implicações das eleições nos Estados Unidos, com Stuhlberger e Xavier destacando os desafios e as perspectivas econômicas sob potenciais mandatos de Trump ou Biden.

“O problema caso o Trump ganhe é a decisão de subir as tarifas de importação, isso deixaria a China sem ter o que tem de melhor hoje, a economia. Esse é o um desafio”, comentou o gestor da Verde.

Quanto ao Brasil, os gestores foram otimistas, apontando para ativos baratos e uma posição favorável em termos de indicadores econômicos. No entanto, eles alertaram para os riscos futuros, especialmente em relação às eleições presidenciais de 2026, que poderiam afetar a trajetória da curva de juros no país. Stuhlberger também previu que o Banco Central do Brasil pode optar por manter a taxa Selic em 9% para evitar repetir erros do passado.

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