Após pressão de juízes e promotores e falta de quórum suficiente na Câmara dos Deputados, a votação do projeto de lei que põe fim aos supersalários e “penduricalhos” dos servidores públicos, que ocorreria na terça-feira (27), foi adiada, sem data prevista para ser analisada. O relatório do projeto, de autoria do deputado Rubens Bueno (PPS-PR), prevê cortes no auxílio-moradia de autoridades e políticos, fim das férias de 60 dias para juízes e promotores e até pena de prisão para quem descumprir a lei. Bueno afirma que, apesar do esforço de alguns parlamentares, a forte pressão dos servidores nos corredores da Câmara inviabilizou totalmente a votação. “(Os servidores) estavam por todo lado pressionando. Olha, é de um corporativismo. Estão mais preocupados com o próprio umbigo, com a parte que afeta suas corporações, do que com a situação fiscal e econômica do país”, explica o deputado do PPS.
O esforço pela votação do relatório vem após o presidente Michel Temer (MDB) sancionar reajuste nos salários do Judiciário.