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Votação de lei que põe fim aos supersalários é adiada

Após pressão de juízes e promotores e falta de quórum suficiente na Câmara dos Deputados, a votação do projeto de lei que põe fim aos supersalários e “penduricalhos” dos servidores públicos, que ocorreria na terça-feira (27), foi adiada, sem data prevista para ser analisada. O relatório do projeto, de autoria do deputado Rubens Bueno (PPS-PR), prevê cortes no auxílio-moradia de autoridades e políticos, fim das férias de 60 dias para juízes e promotores e até pena de prisão para quem descumprir a lei. Bueno afirma que, apesar do esforço de alguns parlamentares, a forte pressão dos servidores nos corredores da Câmara inviabilizou totalmente a votação. “(Os servidores) estavam por todo lado pressionando. Olha, é de um corporativismo. Estão mais preocupados com o próprio umbigo, com a parte que afeta suas corporações, do que com a situação fiscal e econômica do país”, explica o deputado do PPS.

O esforço pela votação do relatório vem após o presidente Michel Temer (MDB) sancionar reajuste nos salários do Judiciário.

Por que é importante

Com a aprovação do projeto de lei a ser votado na Câmara, a economia anual deve ser de cerca de R$ 2,3 bilhões

Quem ganha

Juízes, promotores e outras autoridades que não querem o fim dos supersalários e benefícios

Quem perde

Os cofres da União

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