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BC está atuando para reduzir volatilidade, leilões do Tesouro continuam normalmente, diz Guardia

BRASÍLIA (Reuters) – O ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, afirmou nesta sexta-feira que o Banco Central está anunciando medidas para reduzir a volatilidade no mercado de câmbio, mas pontuou que, do lado do Tesouro Nacional, “não tem nenhuma mudança”.

O ministro se referia à decisão do BC de triplicar a oferta de contratos de swap cambial, equivalentes à venda de dólares no mercado futuro, anunciada nesta sexta-feira, quando o dólar não deu trégua e seguiu em alta ante o real. [nEMN30F27Z]

Falando à Reuters por telefone, Guardia ressaltou que o país não tem como lutar contra uma tendência internacional de fortalecimento da moeda norte-americana e sublinhou que a preocupação do governo é reduzir a volatilidade ao longo deste processo.

“No mercado de dívida vamos continuar normalmente com os leilões do Tesouro como a gente vem trabalhando normalmente”, disse.

O dólar fechou a sessão a 3,7396 reais na venda, renovando seu maior nível em mais de dois anos, com os investidores acompanhando o movimento da moeda norte-americana ante divisas de países emergentes, embalado pela expectativa que os juros nos Estados Unidos podem subir mais do que o esperado. [nL2N1SP1MF]

Acompanhando o quadro desfavorável para mercados emergentes, o índice de referência do mercado acionário brasileiro caiu 0,65 por cento nesta sexta-feira. [nL2N1SP1PL]

Já as taxas dos contratos futuros de juros terminaram novamente com forte alta, ainda em resposta à decisão inesperada do BC de manter a Selic em 6,50 por cento ao ano e também com a disparada do dólar ante o real, ampliando as apostas de alta dos juros no último quadrimestre. [nL2N1SP1K9]

Se no mercado de câmbio a avaliação é de que persiste o reflexo de efeito global de valorização do dólar, em relação a bolsa de valores e juros Guardia disse ter havido um provável movimento de realização.

“Isso faz parte do dia a dia do mercado. Vamos seguir no nosso caminho, na nossa agenda de reformas, é isso que a gente vai fazer”, afirmou o ministro, em referência à necessidade de medidas de consolidação fiscal e aumento de produtividade.

“Brasil tem hoje situação de contas externas extremamente favorável, com reservas internacionais elevadas, déficit em transações correntes muito baixo e financiado por investimento direto estrangeiro, com inflação baixa. Tudo isso diferencia o Brasil de diversas outras economias”, defendeu.

(Por Marcela Ayres; Edição de Iuri Dantas)

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