(Corrige no 2º parágrafo para esclarecer que o crescimento de 1,04% é em relação “ao estoque de dezembro de 2017”, e não sobre “o mesmo período de 2017”, como divulgado inicialmente pelo ministério)
BRASÍLIA (Reuters) – O Brasil fechou 661 vagas formais de emprego em junho, apontou o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgado nesta sexta-feira pelo Ministério do Trabalho, quebrando uma sequência de cinco meses de resultados positivos.
Com isso, o país terminou o primeiro semestre com 392.461 postos com carteira assinada criados, um crescimento de 1,04 em relação ao estoque de dezembro de 2017.
Para este ano, o Ministério do Trabalho chegou a projetar a criação de 1.781.930 vagas formais de trabalho, considerando expansão de 3 por cento do Produto Interno Bruto (PIB).
Mas a estimativa oficial do próprio governo para a atividade econômica foi substancialmente reduzida a 1,6 por cento, conforme relatório de receitas e despesas publicado nesta sexta-feira, na esteira da greve de caminhoneiros que paralisou o país no fim de maio e afetou a confiança dos agentes econômicos.
Com isso, a retomada dos empregos deve ser ainda mais lenta. Isso porque, de maneira geral, o mercado de trabalho já tende a responder de maneira tardia ao ciclo econômico, tanto em momentos de desaceleração quanto de recuperação.
Em junho, sofreram fortes perdas os setores de comércio (-20.971 postos) e indústria da transformação (-20.470 vagas).
O destaque positivo veio da abertura de vagas na agropecuária, com 40.917 postos.
De acordo com o Ministério do Trabalho, foram abertas 2.688 vagas de trabalho intermitente e 988 de trabalho em regime de tempo parcial no mês, possibilidades abertas pela reforma trabalhista.
Ainda segundo a pasta, houve 13.236 desligamentos mediante acordo entre empregador e empregado em junho.
(Por Mateus Maia)