SÃO PAULO (Reuters) – A confiança do setor de serviços atingiu em junho o nível mais fraco em nove meses com a paralisação dos caminhoneiros em maio somando-se às incertezas políticas para provocar deterioração na avaliação sobre a situação atual, apontou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta sexta-feira.
Com queda de 2,1 pontos, o Índice de Confiança de Serviços (ICS) chegou a 86,7 pontos na comparação, menor nível desde setembro de 2017, na quarta queda seguida.
“A greve dos caminhoneiros, em maio, desorganizou de modo significativo vários segmentos da economia, e contribuiu ampliando assim os efeitos negativos sobre a confiança relacionados à incerteza política. O cenário é de uma recuperação bastante discreta no nível de atividade para os próximos meses”, explicou o consultor da FGV Silvio Sales em nota.
No mês, o Índice da Situação Atual (ISA-S) recuou 1,5 ponto, para 85,1 pontos, com a pressão negativa do indicador da situação atual dos negócios.
Já o Índice de Expectativas (IE-S) registrou queda de 2,7 pontos, para 88,7 pontos, o menor patamar desde julho de 2017, com destaque foi para o quesito que mede a tendência dos negócios nos próximos meses.
O resultado da confiança de serviços acompanha a do consumidor, que piorou pela terceira vez seguida em junho e atingiu o menor nível em 10 meses.
A greve dos caminhoneiros paralisou o abastecimento de combustíveis, alimentos e insumos no país no final de maio, prejudicando atividade econômica e a confiança dos agentes econômicos.
(Por Stéfani Inouye)