Segunda geração do TAN EV traz nova bateria Blade com capacidade 25% superior à do modelo anterior e dois motores que somam 517 hp
Por Celso Masson
Primeiro SUV com sete lugares 100% elétrico vendido no Brasil, o TAN EV marcou o início das operações com automóveis da BYD no país. Desde o lançamento, com o modelo 2021 importado da China, o carro evoluiu. Na versão atual, reestilizada, um dos principais atrativos é interno. A bateria Blade faz com que a autonomia salte de 309 quilômetros para 430 km, atesta o Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro). Na prática, o alcance pode ser ainda maior. Na avaliação em um percurso entre trechos urbanos e estradas, rodamos quase 500 km sem precisar de recarga. Pelo Procedimento de Teste Mundial Harmonizado para Veículos Leves (WLTP), a autonomia chega a incríveis 530 km. O ciclo WLTP estabelece o padrão de consumo de veículos convencionais, híbridos e elétricos.
Ainda mais impressionante que a autonomia é a aceleração. Com tração integral proporcionada por dois motores elétricos, a potência combinada é digna de um esportivo: 517 cavalos com torque de 700 Nm. Isso permite ir de zero a 100 km/h em apenas 4,9 segundos. A sensação é de grudar as costas no banco. Com esse desempenho, o consumo equivale ao de um veículo a combustão interna capaz de rodar inimagináveis 40 km por litro.
A carroceria é feita de materiais leves que melhoram a estética e contribuem para o desempenho aerodinâmico. Com 4,97 metros de comprimento, 1,96 m de largura e 1,75 m de altura, o novo BYD TAN 2024 tem espaço e conforto de sobra para sete ocupantes. Com menos gente a bordo, sobre espaço para carga. Caso as duas fileiras de bancos estejam rebatidas, o volume do porta-malas chega a 1.655 litros, mais que o de uma picape média (mas há limitação de altura). O interior vem com materiais de qualidade e acabamento sofisticado. No painel de instrumentos, além do cluster LCD de 12.3” digital, chama a atenção a grande tela sensível ao toque de 15,6” com rotação elétrica. Há conexões USB e SD car também para os ocupantes do banco traseiro, que podem ainda controlar digitalmente a temperatura, intensidade e direção do ar-condicionado. Um conforto adicional para um carro que entrega bem mais que o preço cobrado pela BYD: a partir de R$ 536 mil, dependendo da configuração.