SÃO PAULO (Reuters) – Os Bombeiros encontraram nesta sexta-feira um corpo nos escombros do prédio que desabou na madrugada de terça-feira no centro de São Paulo e há indícios de que o cadáver é do homem que estava sendo resgatado do edifício em chamas quando houve o desabamento.
“A vítima em óbito foi retirada do local e já foi levada ao Instituto de Criminalística, era um homem com diversas tatuagens no corpo e foi localizado com o cinto de segurança utilizado durante a tentativa de salvamento”, informou o Corpo de Bombeiros em sua conta no Twitter.
De acordo com a corporação, uma cadela farejadora detectou a possível presença de uma vítima na tarde de quinta e os Bombeiros começaram a retirar manualmente os escombros do local onde a vítima poderia estar. O corpo foi encontrado nesta sexta por volta de meio-dia.
O Corpo de Bombeiros afirma que há cinco vítimas desaparecidas após o incêndio e o desabamento do prédio, localizado no Largo do Paissandu, centro de São Paulo. Inicialmente, a corporação chegou a falar em 49 desaparecidos, mas esclareceu nesta sexta que se tratavam de “possíveis” desaparecidos.
Na véspera, o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Mágino Alves, disse que a Polícia Civil detectou que um curto-circuito no quinto andar do prédio foi a origem do incêndio. No local, três aparelhos –um microondas, uma geladeira e uma televisão– estavam ligados na mesma tomada.
O cômodo onde o incêndio teve início abrigava quatro pessoas. Duas delas foram hospitalizadas, uma criança de três anos cujo estado de saúde era grave e o pai dela, que estava em condição melhor, mas com dois terços do corpo queimado.
A Polícia Civil chegou à conclusão sobre a origem do incêndio durante o depoimento de duas testemunhas. Também foi aberto um inquérito para apurar cobranças de aluguéis em ocupações irregulares após denúncias de que os moradores do prédio que desabou, ocupado irregularmente, pagavam 400 reais de aluguel aos coordenadores do movimento responsável pela ocupação do local, que já foi a sede da Polícia Federal em São Paulo.
(Por Eduardo Simões)