SÃO PAULO (Reuters) – Um curto-circuito no quinto andar causou o incêndio no prédio que desabou na madrugada de terça-feira no Largo do Paissandu, região central de São Paulo, disse nesta quinta-feira o secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo, Mágino Alves.
De acordo com o secretário, a Polícia Civil determinou que um curto-circuito em um cômodo que abrigava um casal e duas crianças foi a origem do incêndio, que culminou com o desabamento do prédio de mais de 20 andares. Segundo os Bombeiros, há 49 pessoas desaparecidas.
“Nós já sabemos onde começou exatamente o incêndio. O incêndio começou no quinto andar, num cômodo que era ocupado por uma família, quatro pessoas. Duas pessoas sofreram ferimentos e foram levadas para o hospital”, disse Mágino Alves a jornalistas.
O secretário acrescentou que uma das vítimas é uma criança de três anos, que está em estado grave, e a outra é o pai dessa criança, que a socorreu e que, embora esteja com dois terços do corpo queimado, está em situação de saúde melhor que a da criança.
“Foi ali, efetivamente, que começou o incêndio. O incêndio começou em decorrência de um curto-circuito. Havia três aparelhos ligados na mesma tomada: um microondas, uma geladeira e uma televisão. O incêndio infelizmente começou neste cômodo que era ocupado por essas quatro pessoas.”
Os Bombeiros começaram a usar na madrugada desta quinta –cerca de 48 horas após o desabamento– maquinário pesado nos trabalhos de remoção dos escombros e de busca das vítimas.
A corporação, entretanto, garantiu que a entrada do maquinário não implica na desistência pela busca de sobreviventes e afirmou que manterá o cuidado nos esforços de buscas.
“Informamos que completadas as 48 horas do colapso estrutural do edifício no Largo do Paissandu o Corpo de Bombeiros já entrou com máquinas para auxiliar o homem na remoção dos escombros”, informou o Corpo de Bombeiros no Twitter.
“Cumpre salientar que isso não quer dizer que descartamos encontrar vítimas com vida, mesmo com as máquinas o trabalho continuará cuidadoso.”
(Por Eduardo Simões)