Por Kanupriya Kapoor
PEMENANG, Indonésia (Reuters) – Equipes de resgate encontraram cenas de destruição em todo o norte da ilha turística indonésia de Lombok nesta segunda-feira depois que um terremoto de magnitude 6,9 matou ao menos 98 pessoas e provocou um êxodo de turistas assustados com o segundo tremor forte em uma semana.
A Agência Nacional de Mitigação de Desastres (BNPB) disse acreditar que o saldo de mortes aumentará depois que os destroços das mais de 13 mil casas desabadas e danificadas forem limpos, mas a falta de equipamento pesado tornará mais demorada a tarefa.
Algumas áreas de Lombok ficaram sem energia e comunicações, e deslizamentos de terra e a queda de uma ponte dificultam o acesso ao norte. Os militares da Indonésia disseram que estão enviando um navio com socorro médico, suprimentos e apoio logístico.
A Cruz Vermelha da Indonésia disse em um tuíte que ajudou uma mulher a dar à luz em um posto de saúde depois do terremoto. Um dos nomes que ela deu ao menino foi ‘Gempa’, que significa terremoto.
Lombok já havia sido abalada no dia 29 de julho por um sismo de magnitude 6,4 que matou 17 pessoas e deixou vários alpinistas presos nas encostas de um vulcão por um período curto.
A Agência de Meteorologia, Climatologia e Geofísica da Indonésia (BMKG) disse que mais de 120 tremores secundários foram registrados depois do terremoto da noite de domingo, cuja magnitude o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS) reavaliou de 7 para 6,9 — intensidade que liberou mais de cinco vezes a energia do sismo da semana anterior, mostrou o site do USGS.
Não há estrangeiros entre os mortos, e o número de feridos é de 209, disse o porta-voz da BNPB, Sutopo Purwo Nugroho, em uma coletiva de imprensa.
O tremor foi tão forte que foi sentido na ilha vizinha de Bali, onde duas pessoas morreram, de acordo com a BNPB. O primeiro terremoto também foi sentido em Bali.
A Indonésia se localiza sobre o geologicamente ativo Círculo de fogo do Pacífico e é assolada por terremotos com frequência. Em 2004 um tsunami no Oceano Índico matou 226 mil pessoas em 13 países, sendo mais de 120 mil na Indonésia.
(Reportagem adicional de Fransiska Nangoy, Gayatri Suroyo, Fanny Potkin, Agustinus Beo da Costa, Bernadette Christina Munthe, Tabita Diela, Cindy Silviana e Jessica Damiana em Jacarta, Jamie Freed e Jack Kim em Cingapura e Colin Packham em Sydney)