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Brasil se apresenta verde na COP26, mas Inpe mostra salto no desmate

Uma coletiva de imprensa tardia sobre ações contra o desmatamento da Amazônia foi feita pelos ministros do Meio Ambiente e da Justiça e Segurança Pública, Joaquim Leite e Anderson Torres, respectivamente, na noite de quinta-feira (19). Enquanto na COP26, o governo apresentou soluções e um país verdejante com alguns “problemas ambientais”, agora, o relatório do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) (anexo abaixo) mostra o intenso desmatamento de 2021. Tudo em meio as cobranças internacionais, enquanto empresários e agroempresários querem medidas mais concretas contra a destruição.

Torres (à esquerda) e Leite (à direita)

Com uma falta de clareza sobre a concretude das ações do governo, o relatório do Inpe apontou que a taxa de desmate na Amazônia Legal Brasileira (ALB) cresceu 21,97% em 2021. O Pará foi responsável por 39,72% do total, com mais de 5,2 mil km2 de floresta destruída. Em tamanho de área atingida, aparecem na sequência Amazonas (2,3 mil km2), Mato Grosso (2,2 mil km2) e Rondônia (1,6 mil km2). Juntos, esses estados correspondem a 87,2% do desmate estimado na ALB. “Nós estamos aqui deixando claro que esse número é inaceitável e nós vamos combater total”, disse Leite. “Nós estamos mais presentes, a Força Nacional, junto com Ibama e ICMBio, têm atuado em 23 municípios de forma permanente”, completou.

Com esse péssimo resultado, quem deve se preocupar a partir de agora é o agronegócio, já que seus produtos poderão sofrer represálias ao tentar entrar no mercado europeu. Nos últimos dias, representantes da União Europeia (UE) afirmaram que apresentarão uma proposta que proíbe a importação de produtos (carnes, cacau e óleo de palma, por exemplo) de áreas de desmate. A agência estatal de notícias Italiana (Ansa) informou que só terá acesso ao bloco aqueles que comprovarem que sua produção não está ligada a destruição, um desafio ao mercado agro, setor duramente criticado, inclusive pelo próprio presidente francês Emmanuel Macron, que já falava em parar de comprar a soja brasileira desde janeiro deste ano. Além disso, há ainda em negociação Acordo Mercosul-UE, que tem como uma das cláusula, a sustentabilidade.

Relatório do Inpe

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